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No documento os procuradores enfatizam que está “documentalmente evidenciado” o fluxo financeiro dos valores ilícitos acertados entre a Diretoria Internacional da Petrobras e João Henriques, investigado como operador do PMDB. De acordo com as apurações da Lava Jato, o dinheiro foi “efetivamente recebido por Eduardo Cunha”. Ainda de acordo com a equipe da força-tarefa, os valores ilícitos “tiveram como um dos destinos finais a conta Kopek, controlada por Cláudia Cruz”.
“Ora, em se tratando do mesmo esquema criminoso, da mesma sociedade de economia mista vitimada, do mesmo diretor Internacional corrompido, do mesmo operador de propinas, de um deputado federal pertencente a um dos partidos políticos beneficiados pelo esquema e dos mesmos valores provenientes da Petrobrás que abasteceram a conta titularizada pela esposa do deputado, não é preciso muito esforço cognitivo e argumentativo para concluir que os casos são conexos e devem ser julgados pelo mesmo Juízo, já que assim têm-se um conhecimento integral dos fatos”, destaca o documento assinado pelos procuradores da República Orlando Martello, Diogo Castor de Mattos, Deltan Martinazzo Dallagnol e Jerusa Burmann Viecili.
Leia a manifestação dos procuradores da República
“O fluxo dessas propinas acertadas em contratos da Petrobrás evidencia que parte desses valores transitaram em conta bancária de Cláudia Cordeiro Cruz, que utilizou tais recursos para pagar cartão de crédito e bancar compras de luxo que fazia no exterior. Por outro lado, a denominada Operação Lava Jato apura a existência de um grande esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em diversas áreas da Petrobrás, incluindo em boa parte vários contratos celebrados com a Diretoria Internacional da companhia, ocupada por Nestor Cerveró entre 20 de março de 2003 e 7 de março de 2008 e Jorge Luiz Zelada, corréu da referida ação penal, entre 4 de março de 2008 e 20 de julho de 2012”, diz outro trecho da manifestação.
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