A reportagem do Congresso em Foco pediu esclarecimentos ao gabinete do subprocurador-geral da República Geraldo Brindeiro na tarde de terça-feira (29), mas não obteve retorno. De acordo com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), ele advogou e fez parecer para um sócio do bicheiro Carlinhos Cachoeira numa ação para ganhar a concessão de loteria estadual em Santa Catarina.
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A secretária do procurador disse que ele não se encontrava e que não poderia passar outros contatos de telefone e correio eletrônico de Brindeiro. O site pediu que os auxiliares tentassem contato com ele a fim de avisar do teor da reportagem. Mas a secretária disse que o celular do procurador não atendia.
O procurador Geraldo Brindeiro foi procurador-geral da República durante os oito anos do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Teve quatro mandatos consecutivos entre 1995 e 2003. Ou seja, foi reconduzido ao cargo três vezes. Por não abrir investigações contra alguns políticos e autoridades do governo tucano, setores da oposição apelidaram-no de “engavetador-geral da República”. No governo Lula, Brindeiro foi sucedido por Cláudio Fonteles.
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Natural de Recife (PE), ele ingressou no Ministério Público em 1975, portanto antes da Constituição de 1988. Isso dá a Brindeiro o direito de se dedicar à Procuradoria e, ao mesmo tempo, ser advogado.
Sem resposta
A assessoria do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e de seu vice, Eduardo Pinho, e do secretário de Comunicação, Ênio Branco, receberam um pedido de esclarecimentos do site. Mas não houve resposta até o fechamento da reportagem. O advogado de Carlinhos Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, não retornou os pedidos de entrevista feitos ontem.
O site procurou Roberto Coppola na empresa de jogos Electrochance em Buenos Aires, na Argentina. Mas ele não estava e foi deixado um recado com um funcionário, que repassou um outro telefone para contato com o consultor. Entretanto, o número, um 0800, não atendia ligações do Brasil.
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