“Vamos avaliar e decidir o que fazer”, disse ele. De acordo com a Constituição, o Supremo tem até 24 horas para encaminhar as informações que levaram à detenção cautelar do petista ao Senado. Em seguida, caberá à Casa decidir sobre a manutenção da prisão do senador, em votação aberta. “O prazo constitucional é 24 horas, mas a informação que temos é que o Supremo Tribunal Federal vai antecipar, vai mandar antes das 12h”, disse ele.
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Quanto à decisão dos membros do Senado, Renan disse que ainda não foi definida a conduta que será adotada para análise do caso. “Vou conversar com os líderes e com a Mesa. Vamos administrar um prazo razoável a partir das informações”, concluiu.
O então líder do governo no Senado teve a prisão cautelar determinada pelo Supremo, acusado de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a Procuradoria-Geral da República, ele ofereceu ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró uma mesada de R$ 50 mil reais e uma rota de fuga para a Espanha. Em troca, o ex-executivo não poderia celebrar acordo de delação premiada nem envolvê-lo na investigação.
Por enquanto, uma providência já foi tomada por Renan: a suspensão da sessão conjunta do Congresso prevista para a manhã desta quarta-feira (25), quando os senadores iriam apreciar vetos, projeto de lei orçamentária de 2016 e alterações na meta fiscal deste ano.
Líderes da oposição já manifestaram posicionamento sobre o que fazer quando o Senado tiver que deliberar sobre a prisão de Delcídio. Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) indicou que seu partido irá votar pela prisão do senador petista. “O caminho natural, para nós do PSDB, é acompanhar a decisão do Supremo Tribunal Federal”, disse ele.
O líder da Rede, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também pediu para que a ordem do Supremo seja respeitada. “Eu defendo para que o Senado analise as provas e proceda para que não obstrua nenhuma determinação da Justiça”, afirmou.