Principal empresa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta Construções viu-se no meio do olho do furacão depois que a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com o surgimento de denúncias de tráfico de influência e de corrupção contra a construtora e seu então dono, Fernando Cavendish, acabou sem presidente e foi comprada pelo grupo JBS/Friboi.
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Com a revelação das ligações da empresa, a Delta virou um dos principais alvos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Começou com a ligação do ex-diretor da construtora no centro-oeste Cláudio Abreu, que prestará depoimento amanhã (30) na comissão. No entanto, novas informações sugerem que a companhia está implicada em todo o país.
Primeiro, os integrantes da comissão aprovaram a quebra de sigilo da empresa nos quatro estados do Centro-Oeste e no Tocantins . Hoje, os integrantes da CPI podem determinar a quebra no restante do país. Indiretamente, isso já aconteceu, quando a CPMI pediu a íntegra dos autos da Operação Saint Michel, da Polícia Civil do Distrito Federal.
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Na Operação Saint Michel, foi quebrado o sigilo nacional da Delta, a pedido da Jutiça do Distrito Federal. Porém, para o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), autor do requerimento pedindo todas as informações da Saint Michel, os dados da Justiça local podem ser insuficientes. “Primeiro, a gente não sabe qual o período da quebra. Depois, nem tivemos acesso às informações ainda”, explicou.
Entre os itens na pauta de hoje, estão a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da Delta dos últimos cinco anos, assim como do seu ex-presidente Fernando Cavendish. Também a convocação de diretores estaduais, o acesso a cópia de todos os procedimentos licitatórios da Delta com o Dnit e dos relatórios de auditoria e procedimentos instaurados contra a Delta na Controladoria Geral da União (CGU) desde 2006.
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