Reportagem – é o aprofundamento de uma notícia ou o mergulho em um fato importante, mesmo que não seja recente, em busca de revelações exclusivas. A reportagem, na acepção aqui utilizada, está no universo do “jornalismo investigativo”, que remete ao esforço para tornar públicos fatos relevantes que autoridades ou pessoas poderosas gostariam de manter ocultos. Uma boa reportagem requer pesquisas intensas, entrevistas com grande diversidade de fontes, reiteradas checagens e cuidado especial na apresentação do conteúdo final, que pode trazer complementos como vídeos, infográficos, mapas e painéis de visualização de dados. Também deve trazer – ou, no mínimo, tentar obter – as explicações de quem pode ter sua imagem arranhada pela sua publicação.
Organizações sociais investigadas pela PF disputam administração de hospitais públicos no DF. Simea e Salvare doaram R$ 300 mil para governador do DF
Desencadeada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), a Operação Maus Caminhos desarticulou uma organização criminosa que desviava recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas. Entre os alvos da ação, estão duas organizações sociais (OSs) — a Sociedade Integrada Médica do Amazonas (Simea) e a Salvare Serviços Médicos — que estão no páreo para administrar hospitais públicos e unidades de pronto atendimento (UPAs) no Distrito Federal. Em 2014, ambas doaram R$ 300 mil para a campanha do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que pretende implantar modelo semelhante em Brasília.
Dono das empresas, o médico e empresário Mouhamad Moustafa foi preso em Manaus e é apontado como líder do esquema. De acordo com as investigações, as fraudes somam mais de R$ 110 milhões. O empresário já se preparava para atuar em Brasília usando nome do Instituto Novos Caminhos (INC), formado por suas duas organizações sociais.
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A implementação das organizações sociais no Sistema Único de Saúde do Distrito Federal é uma das principais bandeiras da gestão de Rodrigo Rollemberg. Os defensores da ideia – como o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio – dizem que o novo modelo de gestão modernizará o sistema de saúde e facilitará as compras de subsídios hospitalares e a contratação de mão de obra.
Doações
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Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante a campanha de 2014, o então candidato a governador, Rodrigo Rollemberg, recebeu R$ 300 mil das empresas de Moustafa para ajudar na campanha. O montante foi enviado por meio de quatro transferências eletrônicas. A Simea enviou um repasse de R$ 50 mil e outro de R$ 100 mil. Enquanto a Salvare transferiu R$ 30 mil e depois mais R$ 120 mil.
Tabela mostra doações feitas pelas organizações sociais para campanha de Rollemberg em 2014
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Questionado sobre uma eventual relação com o empresário amazonense, Rollemberg afirmou por meio de sua assessoria que “não possui qualquer vínculo com as empresas e pessoas citadas nas denúncias” e que “as empresas investigadas não receberam recursos do Governo de Brasília”. De acordo com a nota, o Governo de Brasília lança editais para a qualificação de organizações sociais (OSs) em várias áreas. “A qualificação é realizada de forma técnica e impessoal e inclui análise de documentação, avaliação técnica e a comprovação de idoneidade da OS”, diz o comunicado (leia a íntegra no final da reportagem).
Maus Caminhos
Deflagrada na segunda-feira (20), a Operação Maus Caminhos investiga desvios milionários do SUS no Amazonas. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, quatro de prisões temporárias, três de condução coercitiva, 40 de busca e apreensão, 24 de bloqueios de bens e 30 de sequestro de bens.
A investigação teve início quando a CGU analisou uma concentração atípica de repasses do Fundo Estadual de Saúde à organização social Instituto Novos Caminhos (INC). “De abril de 2014 a dezembro de 2015, a entidade recebeu mais de R$ 276 milhões para administrar duas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Manaus e Tabatinga e um centro de reabilitação para dependentes químicos, no município de Rio Preto da Evaz”.
Entre maio e agosto deste ano, os auditores verificaram também que os principais fornecedores do INC, empresas administradas por um mesmo grupo de pessoas ligadas ao esquema criminoso, receberam pagamentos por serviços não prestados, indevidos e superfaturados. As fraudes envolvem ainda, além dos serviços médicos e de administração, a prestação dos serviços auxiliares de saúde, como lavanderia, limpeza, refeições hospitalares e portaria.
Veja a íntegra da nota do governador:
“Todas as doações para a campanha foram devidamente declaradas à Justiça e podem ser consultadas por qualquer cidadão no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador Rodrigo Rollemberg não possui qualquer vínculo com as empresas e pessoas citadas nas denúncias. E as empresas investigadas não receberam recursos do Governo de Brasília.
O Governo de Brasília lança editais para a qualificação de organizações sociais (OSs) em várias áreas. A qualificação é realizada de forma técnica e impessoal e inclui análise de documentação, avaliação técnica e a comprovação de idoneidade da OS.
As únicas instituições qualificadas como organizações sociais pelo Governo de Brasília são: Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada – ICIPE, Instituto Brasília de Tecnologia e Inovação – IBTI, Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública – GAMP, Instituto Santa Marta de Educação E Saúde – ISMES e Instituto Saúde e Cidadania – ISAC.”
Desencadeada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), a Operação
Maus Caminhos desarticulou na semana passada uma organização criminosa que desviava
recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas. Entre os alvos da ação, estão duas
organizações sociais (OSs) — a Sociedade Integrada Médica do Amazonas (Simea) e a Salvare
Serviços Médicos — que estão no páreo para administrar hospitais públicos e unidades de
pronto atendimento (UPAs) no Distrito Federal. Em 2014, ambas doaram R$ 300 mil para a
campanha do governador Rodrigo Rollemberg (PSDB).
Dono das empresas, o médico e empresário Mouhamad Moustafa, foi preso em Manaus e é
apontado como líder do esquema. De acordo com as investigações,as fraudes somam mais de
R$ 110 milhões. O empresário já trabalhava para atuar em Brasília usando nome do Instituto
Novos Caminhos (INC), formado por suas duas organizações sociais.
A implementação das organizações sociais no Sistema Único de Saúde do Distrito Federal é
uma das principais bandeiras da gestão de Rodrigo Rollemberg. Os defensores da ideia – como
o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio – dizem que o novo modelo de gestão modernizará o
sistema de saúde e facilitará as compras de subsídios hospitalares e a contratação de mão de
obra.
Doações
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante a campanha de 2014, o então
candidato a governador, Rodrigo Rollemberg, recebeu R$ 300 mil das empresas de Moustafa
para ajudar na campanha. O montante foi enviado por meio de quatro transferências
eletrônicas. A Simea enviou um repasse de R$ 50 mil e outro de R$ 100 mil. Enquanto a Salvare
transferiu R$ 30 mil e depois mais R$ 120 mil.
Questionado sobre a relação que o governador tem com o empresário, Rollemberg afirmou
por meio de sua ssessoria que "não possui qualquer vínculo com as empresas e pessoas
citadas nas denúncias. E as empresas investigadas não receberam recursos do Governo de
Brasília".
Ressaltou que "o Governo de Brasília lança editais para a qualificação de organizações sociais
(OSs) em várias áreas" e que "a qualificação é realizada de forma técnica e impessoal e inclui
análise de documentação, avaliação técnica e a comprovação de idoneidade da OS".
Maus Caminhos
Deflagrada na segunda-feira (20), a Operação Maus Caminhos investiga desvios milionários do
SUS no Amazonas. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, quatro de
prisões temporárias, três de condução coercitiva, 40 de busca e apreensão, 24 de bloqueios de
bens e 30 de sequestro de bens.
A investigação teve início quando a CGU analisou uma concentração atípica de repasses do
Fundo Estadual de Saúde à organização social Instituto Novos Caminhos (INC). “De abril de
2014 a dezembro de 2015, a entidade recebeu mais de R$ 276 milhões para administrar duas
unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Manaus e Tabatinga e um centro de reabilitação
para dependentes químicos, no município de Rio Preto da Evaz”.
Entre maio e agosto deste ano, os auditores verificaram também que os principais
fornecedores do INC, empresas administradas por um mesmo grupo de pessoas ligadas ao
esquema criminoso, receberam pagamentos por serviços não prestados, indevidos e
superfaturados. As fraudes envolvem ainda, além dos serviços médicos e de administração, a
prestação dos serviços auxiliares de saúde, como lavanderia, limpeza, refeições hospitalares e
portaria.
Veja a íntegra da nota do governador:
"Todas as doações para a campanha foram devidamente declaradas à Justiça e podem ser
consultadas por qualquer cidadão no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador
Rodrigo Rollemberg não possui qualquer vínculo com as empresas e pessoas citadas nas
denúncias. E as empresas investigadas não receberam recursos do Governo de Brasília.
O Governo de Brasília lança editais para a qualificação de organizações sociais (OSs) em várias
áreas. A qualificação é realizada de forma técnica e impessoal e inclui análise de
documentação, avaliação técnica e a comprovação de idoneidade da OS.
As únicas instituições qualificadas como organizações sociais pelo Governo de Brasília são:
Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada – ICIPE, Instituto Brasília de Tecnologia e
Inovação – IBTI, Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública – GAMP, Instituto
Santa Marta de Educação E Saúde – ISMES e Instituto Saúde e Cidadania – ISAC."
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