A viagem não ocorreu, pois Faustino morreu de leucemia poucos dias depois do pedido. No entanto, os investigadores do caso avaliaram que a solicitação deixa explicita uma relação de troca de favores e vantagens indevidas entre o empreiteiro e o senador. No inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o parlamentar por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, consta troca de mensagens entre Agripino e Pinheiro.
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Pelas mensagens analisadas, a Polícia Federal também suspeita de que o senador pode ter recebido propina por ajudar na liberação de recursos do BNDES para a construção do estádio Arena Dunas, em Natal, feito pela OAS para a Copa do Mundo 2014. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Agripino conseguiu liberação de dinheiro junto à instituição financeira e, em troca, a empreiteira doou R$ 500 mil ao diretório nacional do DEM nas eleições de 2014.
Ao jornal, o senador confirmou que pediu um avião emprestado a Pinheiro, mas nega qualquer irregularidade. “Faustino estava à beira da morte, foi acometido por uma leucemia muito rápido. Recebi um pedido de familiares dele que precisavam transportá-lo para um hospital em São Paulo.”
Segundo ele, o suplente também era amigo de Pinheiro. “Fiz uma interferência para salvar uma vida”, disse.
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