A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3) pelo jornal Valor Econômico. De acordo com o periódico, a recusa de Trabuco não resultou em nova tentativa, por parte do Planalto, de insistir na indicação, com a intenção de fazê-lo mudar de ideia.
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Ao Valor, um executivo próximo a Trabuco disse não fazer sentido a ida dele para a Fazenda, um posto com subordinação direta à Presidência da República, devido ao seu perfil “muito propositivo”. “Quem conhece Trabuco sabe também que ele não tem esse perfil [para o ministério]”, disse o interlocutor, para quem o presidente do Bradesco não faria exigência a Dilma para chefiar a Fazenda. “Até por essa característica pessoal, não faria sentido ele deixar o comando do Bradesco para assumir uma função no governo.”
O executivo ressaltou o comprometimento de Trabuco, à frente do segundo maior banco privado do país, com “a coisa pública, o bem comum”. Justamente devido a essa característica, disse a fonte, não o surpreendeu a indicação de um banqueiro para a principal pasta do setor econômico. “Ele é um alto executivo, sempre aberto às discussões e sempre se pautou e orientou sua equipe a prestar ajuda a qualquer governo, não este ou aquele governo, mas a qualquer um. E esse comportamento é atribuído ao reconhecimento que Trabuco sempre demonstrou pela coisa pública, pelo bem comum”, declarou.
Sugerido por Lula para a Fazenda, Trabuco é o quarto presidente do Bradesco nos 70 anos de existência do grupo financeiro. Aos 63 anos, iniciou sua trajetória no banco aos 18, em 1969. Em março de 2003, assumiu o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e, no mesmo mês de 2009, passou a chefiar a presidência do Banco Bradesco S/A.
De perfil discreto, Trabuco divide as atenções como potencial ministro da Fazenda com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, e o ex-secretário-executivo do ministério Nelson Barbosa. Segundo a coluna Radar, da revista Veja, Trabuco tem vantagem: “De acordo com petistas graúdos, Lula está botando a mão na massa do novo ministério de Dilma Rousseff. Lula em pessoa vai negociar com Luiz Carlos Trabuco e Lázaro Brandão [alto executivo do Bradesco] a ida do presidente do Bradesco para o Ministério da Fazenda”, diz a coluna assinada pelo jornalista Lauro Jardim.
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