Vescovi foi evasivo em relação aos questionamentos sobre problemas na estrutura que desabou e sobre possíveis falhas no plano de emergência, dizendo que essas questões só serão esclarecidas após o processo de investigação, que deverá ser concluído em seis meses ou um ano, estima.
“Internamente a gente está fazendo investigação utilizando expertise de técnicos nacionais e internacionais contratados através de um escritório que está tomando conta de toda essa análise. Eu acredito que, aí é só uma inferência, porque eu também não sou especialista em investigar situações dessa natureza, mas eu acredito que, pela coletânea de disciplinas que se estuda quando se faz uma análise dessa, não é algo para ser feito em semanas. Acho que é coisa para ser feita em meses. Acredito que de seis meses a um ano”, calcula Vescovi.
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Ainda que a União e os governos estaduais de Minas Gerais de do Espírito Santo tenham entrado com uma ação civil pública contra a mineradora, pedindo a criação de um fundo de R$ 20 bilhões, Ricardo Vescovi diz que a empresa “tem ativos” para “lidar e negociar em situações adversas como essa”. O gestor não conta com a possibilidade da empresa encerrar as atividades.
O presidente também enfatizou que a mineradora está concentrando esforços na ajuda humanitária aos afetados pelo crime socioambiental, mitigação de impacto ambiental e estabilização das estruturas remanescentes. “Estamos desde esse primeiro momento tratando de causas humanitárias e causas ambientais, desde o primeiro momento ao acolhermos as pessoas na Arena de Mariana, as pessoas não ficaram na arena, foram para hotéis e pousadas. Hoje, cerca de 95% dessas pessoas já foram para casas alugadas”, relata Vescovi. “Atendimento psicossocial para todas as famílias, mais de 800 atendimentos psicossociais, as famílias estão sendo alocadas em casas que estão sendo alugadas, que estão sendo mobiliadas”, completou.
Veja a entrevista completa no jornal Folha de São Paulo
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