Henrique Alves garantiu votação da reforma política no segundo semestre
“Esse debate esta Casa vai fazer, mas não quer reforma política via constituinte específica. Até porque retardaria mais ainda uma proposta que a Casa tem o dever de decidir, debater, porque o país quer uma reforma política”, disse Henrique Alves. Ele, no entanto, acrescentou que a Câmara vai analisar propostas populares que tratem do tema.
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Ontem, no início da reunião com prefeitos e governadores, Dilma disse defender um debate sobre a convocação de um “plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita”. A sugestão é colocada em dúvida por especialistas e parlamentares.
A ideia de Henrique Alves era votar a reforma política em abril. Na oportunidade, foram apresentadas quatro propostas: financiamento exclusivo público de campanha, sistema belga – candidato e partido são votados separadamente -, fim das coligações proporcionais e coincidência de eleições. Porém, sem acordo entre os líderes, votação acabou adiada.
Assinaturas
O relator da reforma política, Henrique Fontana (PT-RS), começou a recolher assinaturas para um requerimento de urgência. Ele pretende levar as quatro sugestões apresentadas em abril ao plenário. “Nós podemos e devemos votar com rapidez essa reforma. As opiniões têm que aparecer neste plenário”, disse o petista. Ele entende que os deputados não devem continuar ” negando a votação da reforma política”.
PublicidadeÀ tarde, o Psol defendeu uma reforma política de iniciativa popular. Presidente nacional e líder do partido na Câmara, Ivan Valente (SP) disse considerar inócua a convocação de um plebiscito e de uma assembleia constituinte com dinheiro privado. “Preferimos que através de uma emenda popular que venha das ruas, com a força das ruas, com 1,5 milhão de assinaturas”, afirmou.
Para o deputado paulista, a Câmara deve dar prioridade, por exemplo, à proposta lançada ontem (24) pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O projeto altera a eleição de deputados e vereadores e proíbe doações de empresas, por exemplo. “O PSOL estará à frente dessa coleta de assinatura, acredito que em um mês um mês e meio teremos as assinaturas para apresentar a proposta”, disse.
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