O prefeito da cidade de Nova York (EUA), Bill De Blasio, voltou a criticar o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em seu Twitter, neste sábado (11). O mandatário de NY comentou reportagem do jornal New York Times que trazia falas do presidente brasileiro sobre o cancelamento de sua ida à cidade norte-americana na semana que vem. A reportagem menciona a nota oficial enviada pelo Palácio do Planalto para a imprensa em 3 de maio, anunciando o cancelamento da viagem, e também o trecho de uma entrevista em que Bolsonaro comentou que não poderia visitar uma cidade na qual a mais alta autoridade, o prefeito neste caso, “estava agindo como um radical”.
Em suas redes sociais, De Blasio afirmou que “se ser ‘radical’ é se levantar contra a sua ideologia destrutiva, então somos radicais ORGULHOSOS”.
.@jairbolsonaro if you want to barge into our city and brag about destroying our environment or how you’re a “proud homophobe” then New Yorkers are going to call you on your crap.
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PublicidadeIf it’s “radical” to stand up against your destructive ideology, then we’re PROUD radicals. https://t.co/0aThAyuGO6
Publicidade— Mayor Bill de Blasio (@NYCMayor) May 11, 2019
As declarações foram feitas por Bolsonaro na última quinta-feira (09), durante café da manhã com parlamentares e governadores, em Brasil. O New York Times reproduz informações do jornal brasileiro Folha de S.Paulo. O jornal americano afirma ainda que o presidente brasileiro deve viajar para os EUA no dia 16 de maio para participar de evento organizado por empresários chamado Conselho de Assuntos Mundiais de Dallas. A ida de Bolsonaro, segundo o presidente, foi acertada com o ex-presidente do EUA George W. Bush.
PublicidadeInicialmente, Bolsonaro viajaria para Nova York, em 14 de maio, para participar de um jantar de gala promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, no qual seria homenageado com o prêmio de “Pessoa do Ano”. A homenagem agora será entregue em Dallas, no Texas.
O evento em que o presidente brasileiro seria homenageado em NY começou a ser alvo de resistência em março, quando o Museu de História Natural de Nova York se recusou a receber o jantar da Câmara de Comércio. Seguiram-se manifestações pressionando patrocinadores e marcas a não destinarem dinheiro para o evento. Isso motivou a decisão de Bolsonaro de cancelar a viagem. Em 4 de maio, o democrata e prefeito de Nova York, De Blasio, crítico do presidente americano Donald Trump, que já havia dirigido críticas a Bolsonaro, chamou-o de “valentão”, e disse que o brasileiro “fugiu” ao cancelar a viagem.
O jornal New York Times, destaca, no entanto, o mesmo tipo de reação sobre a viagem de Bolsonaro está ocorrendo no Texas. Mensagens com a hashtag #TexasCancelBolsonaro já apareceram no Twitter, pedindo ao prefeito de Dallas, Michael Rawlings, para intervir. Rawlings também faz parte do Partido Democratas, assim como o prefeito de NY.
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Lá como aqui, existem os “fora da casinha”, otários que infelizmente chegam ao poder, afinal burrice não é exclusividade só do Brasil!.
prefeito sandinista que gosta de ditador pedófilo Ortega da Nicarágua e o do Maduro. 2 fascistas que os democratas dos EUA toleram. Trump vai se reeleger fácil com essa corja.
Na minha visão , De Blasio ou está muito mal informado ou está usando de má fé, já que bate de frente com Donald Trump.
“Por outro lado, de Blasio também tem sido criticado por grupos progressistas, que argumentam que o prefeito não está fazendo o suficiente para cumprir suas promessas de campanha – especialmente em relação aos mais pobres e imigrantes.
Além disso, o prefeito de Nova York é criticado por grupos conservadores por já ter apoiado o movimento sandinista, na Nicarágua, e por ter marchado na parada do Dia de Porto Rico, evento em que também estava Oscar López Rivera, visto por alguns como um terrorista e por outros como um ativista pela liberdade.
O apoio de de Blasio aos sandinistas remete a sua juventude. Quando tinha 26 anos, viajou à Nicarágua para ajudar a distribuir comida e medicamentos. Na época, o país estava mergulhado em um conflito entre a guerrilha sandinista e os chamados Contras – resistência armada apoiada pelo governo do então presidente americano Ronald Reagan.
Na Nicarágua, de Blasio passou a ter uma “visão de possibilidades” de um governo de esquerda, segundo o jornal The New York Times. De volta aos Estados Unidos, passou a trabalhar para uma organização que buscava melhorar a saúde na América Central, além de arrecadar fundos para os sandinistas.”