Uma polêmica envolve as doações prometidas por artistas que se dispuseram a destinar recursos de shows para as vítimas da tragédia causa pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, no município mineiro de Mariana. O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, reclama que doações prometidas não foram destinadas para as populações desabrigadas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, povoados mais atingidos pela lama. As informações são do jornal Estado de Minas.
Os recursos, US$ 100 mil (cerca de R$ 400 mil) doados pela banda Pearl Jam e R$ 439 mil de shows promovidos em BH e São Paulo por artistas como Caetano Veloso, Criolo e Jota Quest foram destinados a ONGs que atuam na Bacia do Rio Doce, afirma o jornal..
“No dia dos shows, disseram que o dinheiro iria para Mariana, mas a conversa mudou. O que nos deixa chateado é que usaram o nome de Mariana”, argumenta o prefeito. Ele garante que não espera que todos os recursos sejam direcionados para as vítimas da cidade, mas entende que a população foi desprestigiada. “Não usassem o nome de Mariana, então”, afirma.
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Já de acordo com a produtora Carol de Amar, o dinheiro doado pelos artistas brasileiros já foi enviado ao Greenpeace.
“Em toda nossa divulgação deixamos claro que o dinheiro não iria para nenhum órgão público”, afirma. Já o Greenpeace informa que as doações serão usadas em pesquisas independentes para avaliar os impactos do rompimento da barragem da Samarco na Bacia do Rio Doce.
Memória
PublicidadeA banda grunge norte-americana Pearl Jam tocou no Mineirão, em 20 de novembro, e o vocalista Eddie Vedder pediu punição aos responsáveis pela tragédia ambiental. Dez dias depois, a banda anunciou a doação de US$ 100 mil “às comunidades impactadas pela tragédia no Brasil”. O dinheiro, entretanto, não chegou a nenhuma entidade.
A fundação Vitalogy, braço social do grupo, entrou em contato com três ONGs brasileiras pedindo a documentação necessária para repassar o dinheiro: a Ibio, a Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos (Confrem) e o Instituto Terra. As três entidades afirmaram ao EM que enviaram a documentação exigida e aguardam resposta da fundação.
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