O acordo foi fechado enquanto a votação da admissibilidade do pedido de impeachment estava sendo votado pelos deputados. Os líderes dos maiores partidos de oposição na Câmara também participaram da negociação. O PMDB, que tem a maior bancada de senadores, terá o maior número de componentes do colegiado que vai julgar Dilma Rousseff a partir da próxima terça-feira. O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), se dispôs a ler nesta segunda-feira a ata da decisão tomada neste domingo pelos deputados. A leitura abre formalmente o julgamento da presidente.
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A defesa da presidente Dilma Rousseff terá 10 dias para apresentar a defesa das acusações de crime de responsabilidade pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal durante o ano passado. A escolha do PP para relatar o caso é o primeiro sinal de que o PT e a defesa da presidente terão muita dificuldade para impedir o afastamento de Dilma. Com 367 votos de deputados pela abertura do processo, 25 votos a mais que o mínimo necessário, o pedido de impeachment chega ao Senado com o apoio robusto da Câmara, o que deve influenciar o posicionamento dos senadores.
O PT tem 11 senadores. É a segunda maior bancada junto com o PSDB, mas insuficiente para rejeitar, sozinha, o julgamento de Dilma Rousseff. Os senadores do PMDB formam a maior bancada, com 16 membros, preferiram ficar fora dos cargos de direção da comissão julgadora, mas terá o maior número de votos no colegiado. Os petistas e o Palácio do Planalto contam com a ajuda dos senadores do PSB que já se manifestaram contra o impeachment. Na bancada dos de sete socialistas, somente o senador Antônio Carlos Valadares (SE) já se manifestou a favor do impeachment. Os petistas também contam com o voto certo da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
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