Mário Coelho
Eleito governador de São Paulo para um novo mandato, o tucano Geraldo Alckmin já começa a discutir o seu secretariado. Porém, a comemoração da vitória do primeiro turno e a consequente negociação para montar seu governo só foi possível por causa da pequena votação de três candidatos de partidos nanicos que estão com candidaturas indeferidas. Como Alckmin obteve um percentual apenas um pouco acima da metade mais um dos votos válidos, se os três nanicos tivessem tido uma votação acima de 1%, eles deixariam em suspenso a vitória de Alckmin, até uma definição final da Justiça sobre a validade ou não dessas candidaturas.
Nesta segunda-feira (4) pela manhã, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) divulgou o resultado dos três. E Alckmin pode respirar aliviado. Paulo Roberto Buffalo (Psol) teve 75.895 votos, o que representa 0,33% do total. Luiz Carlos Prates (PSTU), o Mancha, recebeu 0,07% e Igor Grabois (PCB) 0,03%. Juntos, somaram somente 0,43% dos votos válidos. Para ameaçar a eleição de Alckmin, precisavam chegar a, pelo menos, 1%. Os três tiveram as candidaturas impugnadas e depois indeferidas por motivos diferentes.
Contra o candidato do Psol, não pousava nenhuma acusação. Porém, seu vice, Aldo Josias dos Santos (Psol), foi barrado pelo TRE-SP com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). Ele foi condenado por improbidade administrativa, por ter utilizado indevidamente um veículo da Prefeitura de São Bernardo do Campo quando era vereador. No caso de Mancha, outro problema com a vice. Eliana Lúcia Ferreira (PSTU) apresentou documentos com diferentes assinaturas. Por isso, a Justiça Eleitoral não deferiu o registro da candidatura. Já Igor Grabois não entregou as certidões criminais e ainda espera pelo julgamento de um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caso eles tivessem atingindo o patamar mínimo de votos, a eleição em São Paulo caminharia um segundo turno entre Alckmin e o petista Aloizio Mercadante.
Por conta disso, o tucano já discute seu secretariado e apresenta propostas para executar a partir de 2011. Entre os prováveis integrantes do seu governo, estão cotados os deputados federais Duarte Nogueira, Edson Aparecido e José Aníbal. Poucos dos que trabalharam com José Serra e com o governador Alberto Goldman devem permanecer. Entre eles estão o secretário de Cultura Andrea Matarazzo e o deputado Paulo Renato, que é o titular da pasta de Educação.
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