Segundo a superintendência da PF, a transferência de Cerveró, feita no fim da tarde de ontem (25), foi por motivo de segurança e atendeu a um pedido encaminhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nestor Cerveró foi preso na Operação Lava Jato e, condenado, fez acordo de colaboração com a Justiça. O depoimento da delação premiada de Cerveró foi um dos elementos usados pela PGR para pedir a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS); do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual; do ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro; e do chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira. As prisões foram autorizadas na última terça-feira (24) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e executadas ontem (25) pela Polícia Federal.
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Segundo documento enviado pela PGR ao STF, no qual foi feito o pedido de prisão dos investigados, Delcídio tentou dissuadir Nestor Cerveró de aceitar a colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), ou que evitasse delatar o senador e o banqueiro, se fosse firmado o acordo.
Em um trecho do documento, a PGR afirma que Delcídio ofereceu dinheiro para evitar a citação de seu nome nas investigações. “O senador Delcídio Amaral ofereceu a Bernardo Cerveró auxílio financeiro, no importe mínimo de R$ 50 mil mensais, destinado à família de Nestor Cerveró, bem como prometeu intercessão política junto ao Poder Judiciário em favor de sua liberdade, para que ele não entabulasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.” Bernardo Cerveró é filho do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras.
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