As suspeitas recaem sobre integrantes de associações, que, segundo a Polícia, manipulavam a escolha dos beneficiários do programa, cobrando valores, além de condicionar o recebimento do terreno à contratação de determinadas construtoras ligadas ao grupo para a realização das obras. De acordo com as investigações, as negociações fraudulentas foram praticadas “com a aparente conivência da Direção da Secretaria de Habitação (Sedhab), à época”.
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De acordo o delegado Guilherme Siqueira, a Polícia Federal investiga um termo aditivo assinado por Geraldo Magela, quando ele era secretário de Habitação, no governo Agnelo Queiroz, dando poder de escolha e fiscalização do Programa Minha Casa Minha Vida, no Riacho Fundo II, para 206 associações. Segundo o delegado, o termo “causou um estranhamento”.
As investigações mostram que duas construtoras de médio a pequeno porte monopolizavam as obras na região. “Funcionários das associações trabalhavam nas construtoras”, disse Siqueira. Eles cobravam taxas de R$ 10 mil a R$ 15 mil para adiantar a liberação dos lotes. As construções dos prédios começaram em 2011. O projeto é uma parceria entre a União, Distrito Federal e sociedade civil organizada, destinado à concessão de lotes a famílias necessitadas.