A convenção nacional do PMDB não conseguiu impedir a reeleição do deputado governista Mauro Lopes (MG) para a secretaria-geral da legenda, o segundo cargo mais importante da sigla. A bancada de deputados de Minas Gerais exigiu que o posto continuasse com um representante do estado, como vem acontecendo nos últimos anos. Esta decisão é uma derrota do presidente da sigla, Michel Temer, vice-presidente da República, que defendia a escolha do seu amigo Eliseu Padilha, acalentado com o posto de segundo vice-presidente. Por consenso, Temer foi reconduzido à presidência do PMDB.
Lopes já acertou com a presidente Dilma Rousseff sua nomeação para o ministério da Aviação Civil. Mas sua ida para a Esplanada depende de uma decisão do diretório nacional do PMDB que definirá, em 30 dias, como será a entrega de cargos ocupados por indicados pela legenda para cargos de primeiro e segundo escalões do Executivo. A decisão da convenção realizada em Brasília neste sábado proíbe que, até a definição do diretório, representantes da legenda ocupem cargos no governo, o que, em tese, impede Lopes de ir para o governo.
Mauro Lopes defende a permanência da sigla no governo Dilma. Ele considera que a legenda é corresponsável pelo governo e deve ser o partido da governabilidade. Lopes está disposto a contestar no diretório a decisão da convenção que proibiu a ida de peemedebistas para o Executivo.
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