Reportagem – é o aprofundamento de uma notícia ou o mergulho em um fato importante, mesmo que não seja recente, em busca de revelações exclusivas. A reportagem, na acepção aqui utilizada, está no universo do “jornalismo investigativo”, que remete ao esforço para tornar públicos fatos relevantes que autoridades ou pessoas poderosas gostariam de manter ocultos. Uma boa reportagem requer pesquisas intensas, entrevistas com grande diversidade de fontes, reiteradas checagens e cuidado especial na apresentação do conteúdo final, que pode trazer complementos como vídeos, infográficos, mapas e painéis de visualização de dados. Também deve trazer – ou, no mínimo, tentar obter – as explicações de quem pode ter sua imagem arranhada pela sua publicação.
Dilma mostra termo de posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil
Na semana que passou a crise política atingiu a temperatura máxima, milhões de pessoas pró e contra governo saíram às ruas e o processo de impeachment começou a tramitar na Câmara depois de quase três meses de estagnação. Agora, parece que o discurso do governo da presidente Dilma Rousseff é o de que não existe outra saída a não ser partir para a guerra. Em matéria divulgada pela Folha na manhã deste domingo (20), nas palavras de um assessor presidencial, “agora, é matar ou morrer”.
Depois da instalação da comissão especial do impeachment na Câmara, realizada na última quinta-feira (18), conselheiros da governista avaliaram ser necessário o “estado de alerta permanente” para traçar ações e garantir os 171 votos necessários para barrar a abertura do processo de afastamento da petista. A Casa do Legislativo já começou a realizar ações destinadas a acelerar o rito. Depois de mais de um ano sem sessões em plenário, na última sexta-feira (19), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu atingir quórum. Agora, a presidente da República tem o prazo de nove sessões para, então, apresentar sua defesa sobre as denúncias acolhidas no processo.
A ideia é “matar” o processo de impeachment o mais rápido possível, caso contrário o governo “morrerá” num prazo máximo de 60 dias e de forma melancólica, avalia publicação da Folha. A matéria pontua que o problema, de acordo com um assessor presidencial, é que o governo chega ao campo de batalha fragilizado e com seu principal general, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda sem definição de quando e em que situação assumirá a Casa Civil para comandar o exército da presidente para evitar seu impedimento.
Na avaliação do Planalto, a semana que passou foi uma das piores para o governo: começou com a homologação da delação de Delcídio, passou pela divulgação de áudio de conversa de Dilma com seu antecessor vista pela PF como tentativa de obstrução judicial e terminou com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes suspendendo a posse de Lula e mantendo a investigação com o juiz Sergio Moro.
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Ainda de acordo com a matéria, Dilma teria conversado com o ex-presidente Lula sobre a preocupação com o impeachment na noite da última terça-feira (15), quando ele teria afirmado não pretender entrar no governo. Em apelo, a presidente da República disse a seu antecessor que “ou lutavam lado a lado ou era o fim do projeto do partido”. Outra preocupação do governo é segurar parlamentares do PMDB na base aliada. Isso virou “questão de sobrevivência”, e a guerra instalada exige rapidez, com enfrentamento às turbulências diárias, sem dar espaço para que o governo possa traçar com tranquilidade estratégias de reação, diz a Folha.
Na semana em que a crise política atingiu a temperatura máxima e o processo de impeachment começou a tramitar na Câmara, o discurso do governo Dilma é o de que não há outra saída a não ser partir para a guerra. Nas palavras de um assessor presidencial, “agora, é matar ou morrer”.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1752004-em-clima-de-matar-ou-morrer-dilma-tenta-barrar-impeachment-e-recompor-base-social.shtmlUma base, porém, que precisa ser bem tratada, destaca um ministro. Foi por isso que Dilma decidiu ceder de vez aos apelos de Lula e engavetou a reforma da Previdência Social. O ponto positivo, que será explorado daqui para a frente, foram as manifestações pró-Dilma e Lula na sexta-feira (18), em todo o país, mostrando que o governo ainda conta com uma base social disposta a defendê-lo. Na avaliação do Planalto, a semana que passou foi uma das piores para o governo: começou com a homologação da delação de Delcídio, passou pela divulgação de áudio de conversa de Dilma com seu antecessor vista pela PF como tentativa de obstrução judicial e terminou com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes suspendendo a posse de Lula e mantendo a investigação com o juiz Sergio Moro. O ex-petista, na visão do governo, decidiu “destruir” Lula, o PT e Dilma Rousseff como vingança por não ter sido defendido quando foi preso na Operação Lava Jato. Outro auxiliar disse que o maior problema do governo é que o “imponderável” ronda o Planalto na forma de delações premiadas que ainda estão em curso ou estão sendo negociadas, como a do senador Delcídio do Amaral. IMPONDERÁVEL O temor do Palácio do Planalto é de que a guerra aberta exige rapidez e, nesta fase, as turbulências têm sido diárias, não dando espaço ao governo para traçar com tranquilidade uma estratégia de reação. A ideia, sugerida por Lula, é “tirar da paralisia” o Minha Casa, Minha Vida e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e criar iniciativas nas áreas de cultura e direitos humanos que atraiam setores da sociedade que, antes simpáticos ao governo, começaram a migrar para a oposição. Em outra frente, o Planalto tentará abrir nesta semana canal de diálogo com setores da oposição e criar bandeiras que ajudem a aglutinar novamente a base social do partido em torno da presidente. A ordem dentro do governo é fazer tudo o que for preciso para evitar uma debandada na base governista. Segurar um “pedaço” do PMDB virou questão de sobrevivência. Sem um naco da sigla, a aprovação da abertura do processo de impeachment é vista como certa. PEDAÇO A preocupação da petista com o impeachment foi manifestada ao seu antecessor na noite de terça (15). Ao receber resposta de Lula de que não pretendia entrar no governo, a petista fez um apelo e disse a seu antecessor que ou lutavam lado a lado ou era o fim do projeto do partido. O problema, de acordo com um assessor presidencial, é que o governo chega ao campo de batalha fragilizado e com seu principal general, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda sem definição de quando e em que situação assumirá a Casa Civil para comandar o exército da presidente para evitar seu impedimento. A ideia é “matar” o processo de impeachment o mais rápido possível, caso contrário o governo “morrerá” num prazo máximo de 60 dias e de forma melancólica. Segundo conselheiros da petista, a partir deste fim de semana o Palácio do Planalto entra em estado de alerta permanente para traçar ações que garantam os 171 votos necessários para barrar a abertura do processo de afastamento da petista.
Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para a cobertura do Parlamento? O primeiro a revelar quais eram os parlamentares acusados criminalmente, tema que jamais deixou de monitorar? Que nunca renunciou ao compromisso de defender a democracia? Sim, é o Congresso em Foco. Estamos há 20 anos de olho no poder, aqui em Brasília. Reconhecido por oito leões em Cannes (França) e por vários outros prêmios, nosso jornalismo é único, original e independente. Precisamos do seu apoio para prosseguir nessa missão. Mantenha o Congresso em Foco na frente!
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