O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), saiu da Superintendência da Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, zona portuária, cerca de três horas depois de ser conduzido coercitivamente para depor. O deputado saiu sem falar com a imprensa.
Picciani foi conduzido para depor em meio à Operação Quinto do Ouro, deflagrada nesta manhã, que também cumpriu mandados de prisão contra cinco conselheiros e um ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ). Os seis presos estão na Superintendência da PF e, após depoimento, serão levados para o Instituto Médico-Legal. Segundo a assessoria da PF, de lá, eles serão encaminhados a unidades do sistema prisional ainda não divulgadas.
Os conselheiros detidos tiveram bens e valores bloqueados. De acordo com nota da Polícia Federal (PF), os presos são investigados por fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas relacionadas a contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do TCE-RJ e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
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As investigações da PF indicam que agentes públicos teriam recebido valores indevidos para viabilizar a utilização do fundo especial do TCE-RJ para pagamentos de contratos do ramo alimentício atrasados junto ao governo. Esses agentes receberiam uma porcentagem do contrato faturado.
A apuração teve origem em uma colaboração premiada feita por dois investigados na Operação Lava Jato à Procuradoria-Geral da República. O nome da operação – Quinto do Ouro – é referência a um imposto cobrado por Portugal dos mineradores de ouro no período do Brasil Colônia.
A Agência Brasil procurou a assessoria de Jorge Picciani, mas não recebeu retorno até a publicação da matéria.
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