Os investigadores da Operação Lava Jato encontraram depósitos fragmentados nas contas de Giselda Rousie de Lima, esposa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, além de transações imobiliárias consideradas suspeitas. Em uma delas, a mulher de Vaccari registrou em cartório a compra de um imóvel por R$ 500 mil. Mas efetuou quatro depósitos que totalizam R$ 655 mil. Ou seja, R$ 155 mil a mais do que o valor registrado.
“Ressalte-se que as operações ocorreram em alguns meses anteriores à transação de aquisição do imóvel”, dizem os investigadores em um dos laudos que embasaram a prisão de Vaccari. Giselda foi levada coercitivamente esta manhã pela PF para prestar esclarecimentos enquanto seu marido era preso.
Já os depósitos fracionados na conta da esposa de Vaccari somam R$ 322 mil. Somente no dia 12 de dezembro de 2013, segundo os investigadores, Giselda recebeu cinco depósitos que variaram entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil, totalizando quase R$ 10 mil.
Os policiais e procuradores acreditam que os depósitos fracionados tinham o intuito de esconder as movimentações financeiras do casal. Isso porque, depósitos acima de R$ 10 mil devem ser registrados pelas instituições bancárias, conforme determina circular do Banco Central.
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Os depósitos começaram em 2008 e seguiram até 2014. No primeiro ano, por exemplo, a esposa de Vaccari recebeu R$ 16 mil. Em 2011, houve o maior aporte de recursos: R$ 109 mil. No ano passado, Giselda recebeu R$ 31.500,00 em depósitos considerados suspeitos. Todos eles, sem a identificação de origem.
Além desses valores, os investigadores também apuraram que a mulher de Vaccari recebeu, entre 2008 e 2012, outros depósitos fracionados, em cifras inferiores a R$ 10 mil, que totalizaram R$ 260 mil. Eles também estranharam transação envolvendo a venda de um apartamento por Giselda. A mulher do tesoureiro petista recebeu R$ 400 mil pela negociação de um imóvel que custou, na verdade, R$ 350 mil.
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