A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (13), em São Paulo, o empresário Wesley Batista, irmão de Joesley e um dos donos do grupo J&F. A ação faz parte dos desdobramentos da Operação Tendão de Aquiles, deflagrada em junho. Wesley é investigado por manipulação do mercado financeiro. A suspeita é de que o grupo obteve lucro com a venda de dólares às vésperas da divulgação da delação premiada.
A prisão preventiva, sem data para acabar, foi determinada pela Justiça Federal de São Paulo. Também foi convertida de temporária (pelo prazo de cinco dias, prorrogáveis por outros cinco) em preventiva a prisão de Joesley. O empresário e o diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo Saud, estão presos desde domingo (10) por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os dois são acusados de omitir informações no acordo de delação premiada, que havia garantido, entre outras coisas, imunidade penal aos dois.
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Joesley e Saud se apresentaram em São Paulo e foram transferidos para Brasília na segunda-feira. Fachin também suspendeu temporariamente os benefícios do acordo de delação premiada com base nos áudios divulgados em que o empresário diz ao assessor que eles deveriam contar somente “20 de 30 traquinagens” cometidas e utilizar o então procurador Marcello Miller para se aproximarem de Janot.
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