A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (17) o doleiro Fayed Antoine Traboulsi e o ex-policial civil do Distrito Federal Marcelo Toledo Watson. As ações fazem parte da Operação Miquéias, que investiga, há três anos, um esquema que teria desviado pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos. De acordo com a PF, ambos foram presos preventivamente por estarem tentando obstruir as investigações.
A prisão de Fayed foi realizada a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que em julho denunciou o doleiro e Toledo por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo o MPF, Fayed é “apontado como o líder da organização criminosa”. O grupo simulava consultoria financeira a agentes públicos e usava empresas fantasmas para lavar o dinheiro desviado.
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Fayed é sócio do doleiro Carlos Habib Chater, dono do Posto da Torre, em Brasília, onde começou a Operação Lava Jato. Segundo Alberto Yousseff, Fayed entregava dinheiro a políticos. A prisão do doleiro foi decretada pela 10ª Vara Federal de Brasília a pedido do Ministério Público Federal.
O escândalo começou a ser investigado em 2009, pela Polícia Civil do Distrito Federal, a partir da descoberta de indícios de movimentações financeiras milionárias em empresas fantasmas. Quatro anos mais tarde, o caso passou à esfera federal, em decorrência da constatação de que também houve a prática de crimes financeiros.
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