A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo telefônico do presidente Michel Temer e de seus ministros mais próximos, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), referente ao ano de 2014. A informação foi dada em primeira mão pelo site do jornal O Globo.
Segundo os repórteres Aguirre Talento e Bela Megale, o objetivo é aprofundar a investigação sobre o pagamento de R$ 10 milhões atribuído à Odebrecht a Temer. De acordo com a suspeita, o repasse foi acertado em um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, naquele ano. Conforme a reportagem, os investigadores buscam rastrear telefonemas feitos entre eles nas datas próximas das entregas de dinheiro em espécie relatadas pelos delatores da empreiteira.
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Protocolado sob sigilo, o pedido da PF chegou ao gabinete do ministro Edson Fachin, do STF, no fim de março, de acordo com fontes do Supremo Tribunal Federal ouvidas pelos jornalistas. Fachin enviou o processo para uma manifestação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que se manifestou, há duas semanas, contra a quebra do sigilo telefônico de Temer, mas a favor da apuração contra os ministros. É a primeira vez que uma investigação em andamento pode quebrar o sigilo telefônico do presidente da República. No inquérito que apura o pagamento de propina do setor portuário, não houve pedido de quebra de sigilo telefônico, mas bancário e fiscal.
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