A investigação foi instaurada em setembro de 2013, após documentos da NSA classificados como “ultrassecretos” serem divulgados pelo Fantástico, da TV Globo. A reportagem mostrou que Dilma e auxiliares foram alvo de espionagem pela agência norte-americana. Os documentos vazaram por meio do ex-analista da NSA Edward Snowden, que hoje está exilado na Rússia.
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Após as primeiras denúncias de espionagem, a Polícia Federal abriu inquérito por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No entanto, os agentes federais esbarraram em uma série de dificuldades para avançar em aspectos básicos da investigação, como a coleta de depoimentos de testemunhas consideradas fundamentais para a elucidação do caso, a começar pelo próprio Edward Snowden, que não foi localizado pela PF para prestar esclarecimentos.
A Polícia Federal também enfrentou barreiras de caráter técnico. Integrantes da Delegacia de Crimes Cibernéticos não conseguiram acesso ao sistema de tráfico de dados norte-americano. Essa medida era considerada básica pelos investigadores brasileiros para confirmar a violação do sigilo.
Dois anos depois, o inquérito não encerrado nem arquivado oficialmente. Mas o caso ganhou novo capítulo no último fim de semana, quando foram revelados mais detalhes sobre a espionagem da NSA no início do governo Dilma.
PublicidadeDados divulgados pelo Wikileaks, publicados no Brasil pelo site Agência Pública, pela revista Carta Capital e pelo jornal O Globo, mostram que atuais e ex-integrantes do governo nas áreas econômica, financeira e diplomática também foram espionados. Além da petista, entre os 29 “alvos”, estavam o ex-ministro Antonio Palocci, e o assessor pessoal da presidente, Anderson Dornelles, responsável por cuidar das ligações pessoais de Dilma.
Em resposta, o governo federal classificou o episódio de espionagem como “assunto superado”. Tanto que não promete fazer novos pedidos de investigação justamente pela falta de resultados do inquérito anterior instaurado pela Polícia Federal.
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