A Polícia Federal (PF) investiga as relações entre o engenheiro Léo Pinheiro, sócio e presidente da empreiteira OAS, e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves. As informações são da revista Veja.
Léo Pinheiro foi uma das pessoas presas no âmbito da Operação Lava Jato e solto nesta semana por decisão do STF. Os ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram a favor da libertação do empreiteiro.
Segundo a Veja, Léo Pinheiro e Benedito Gonçalves era amigos e trocavam várias mensagens de celular. Em uma delas, o ministro pediu ajuda ao empreiteiro para um grande projeto. Para a PF, esse “projeto” seria a indicação do ministro para o STF. “Meu amigo parabéns o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto”, escreveu Gonçalves a Pinheiro, conforme relatório da PF divulgado pela Veja. O empreiteiro respondeu dizendo que manteria “Todo empenho e dedicação ao tema”.
Gonçalves chegou a ser sondado para a vaga do ministro Joaquim Barbosa, que deixou a Corte em agosto do ano passado. O ex-presidente Lula, amigo de Pinheiro, fez campanha por Gonçalves, declara a Veja.
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Além disso, conforme a revista, interceptações telefônicas da PF também apontaram que Gonçalves marcou encontros com Pinheiro no Rio e em São Paulo. O ministro também foi responsável por convidar o empreiteiro à festa de aniversário de Toffoli. “As mensagens demonstram uma proximidade entre Léo Pinheiro e Benedito Gonçalves, bem como a proximidade destes com o ministro Toffoli”, conclui o relatório da Polícia Federal, segundo a Veja.
“Tanto Toffoli quanto Benedito devem explicações à nação. Eles têm de explicar ao país essa relação, que coloca em suspeição os julgamentos nas cortes”, avalia o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), também conforme a Veja.
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