Natan foi condenado em outubro de 2010 a 13 anos, quatro meses e dez dias de cadeia por peculato e formação de quadrilha em esquema que desviou dinheiro da Assembleia Legislativa de Rondônia. Ontem, por oito votos a um, o STF rejeitou um recurso do peemedebista, decretou o trânsito em julgado do processo e determinou a prisão imediata.
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Sua defesa afirmou hoje ao Congresso em Foco que ele vai se entregar. “Ele tem de ter um tempo para se preparar psicologicamente. Foi isso que ele me disse”, relatou o advogado Nabor Bulhões. A defesa do deputado fez um acordo com a PF para que ele se apresente espontaneamente às autoridades. Nabor disse à reportagem que o deputado está em Brasília e provavelmente se entregará ainda hoje à polícia.
Entretanto, a polícia age independentemente do acordo. Hoje, já foram à casa dele em Brasília. Os agentes monitoram a residência do deputado e de seus familiares na capital federal e em Rondônia.
Há uma expectativa de que o deputado se entregue na noite de hoje, para evitar ser filmado pela imprensa. A princípio, Donadon se apresentaria na carceragem da PF no Setor Policial Sul em Brasília. De lá, seguiria para a custódia do presídio da Papuda.
Publicidade fictícia
PublicidadeA defesa do deputado sustenta que sua condenação foi “injusta” e “contraditória”. Natan Donadon foi condenado por integrar esquema que desviou mais de R$ 8 milhões, nos anos 90, da Assembleia Legislativa de Rondônia – valor que chega a mais de R$ 50 milhões hoje. Para isso, foi usada uma empresa de publicidade fictícia. Donadon era funcionário da Assembleia e seu irmão, Marcos Donadon, deputado estadual.
Ontem, a Justiça de Rondônia determinou a prisão de Marcos Donadon pela participação no mesmo esquema. Nabor diz que as penas impostas aos réus condenados em Rondônia foram menores do que as aplicadas ao deputado federal. Por isso, a sentença do STF seria “contraditória” com as punições de primeira instância.
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