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“O pedido foi feito por um promotor totalmente sem credibilidade, que tem marcado sua carreira por uma postura claramente partidária e anti-petista”, avaliou o líder.
“Lula não oferece nenhum risco à ordem pública, tem moradia em local certo, tem trabalho em local certo, e não há nenhuma prova contra ele. Ao invés de ajudar a combater a impunidade, isso gera mais tensão e conflito no momento que estamos vivendo”, acrescentou o senador.
Humberto questionou a atuação do MP-SP, e ratificou que o órgão “deveria estar investigando os escândalos do metrô e da merenda”, fazendo referência aos escândalos que envolvem o governo paulista. “E não estão nem aí para isso”, criticou.
Já a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) usou sua página no Twitter para refutar o pedido. “É uma vergonha a atitude deste promotor de São Paulo conta Lula. Atitude criminosa é a perseguição política que ele realiza contra o Presidente. Desfaçatez este pedido de prisão. Parece mais parte do roteiro do ato golpista do próximo domingo. Inaceitável”, declarou, fazendo menção às manifestações pró-impeachment que estão marcadas para o próximo domingo (13).
Em nota, o Instituto Lula também pondera que o pedido feito pelo promotor paulista aconteceu antes mesmo de o Ministério Público de São Paulo ouvir o ex-presidente, e aponta para mais uma “prova da parcialidade” de Conserino.
PublicidadeOposição
Entre os oposicionistas, o pedido de prisão preventiva de Lula também repercutiu. O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN) disse que ficou surpreso com a notícia. “Esse é um momento de grande tensão. Evidente que fiquei surpreso, até porque a decretação de prisão remete a um ex-presidente da República. Eu não me gratifico nem de longe com esse tipo de notícia, eu não quero o mal para ninguém, agora ninguém pode estar acima da lei”, declarou o senador.
“Numa democracia só se prende com uma justificação muito robusta. No momento em que se tenta prender um ex-presidente da República, precisa de fortes evidências que justifiquem o ato. Politicamente, num momento como esse eu tenho a impressão de que não é um bom serviço ao Brasil, mesmo que venha com robustez”, ponderou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
Por meio de nota, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) disse que recebeu a notícia com cautela: “Não estão presentes os fundamentos que autorizam o pedido de prisão preventiva, até porque o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizeram buscas e apreensões muito recentemente buscando provas. Vivemos um momento incomum na vida nacional. É preciso ter prudência”.
Nas redes sociais, membros da oposição também reagiram à notícia. Em sua página no facebook, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado divulgou a reportagem do jornal Folha de S.Paulo informando sobre o pedido de prisão preventiva do petista com o seguinte comentário “Que a justiça se pronuncie”. Em seu perfil no twitter, o vice-presidente nacional do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP) também replicou a matéria: “MP caba de pedir a prisão preventiva do Lula!! #CarlosSampaio #Impeachmentjá”.
Indicação à Casa Civil
No início da noite de hoje (quinta, 10) a imprensa divulgou a possibilidade de o ex-presidente Lula assumir o Ministério da Casa Civil, ficando no lugar de Jaques Wagner. O líder do governo afirmou ter encontrado com Lula em reunião realizada durante esta tarde junto ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Costa disse que, à princípio, o ex-presidente não pretende seguir esse caminho. Entretanto, não descarta em absoluto a possibilidade. “Em nenhum momento ele se manifestou. Pode ser e pode não ser”, ponderou.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo Instituto Lula:
O promotor paulista que antecipou sua decisão de denunciar Luiz Inácio Lula da Silva antes mesmo de ouvir o ex-presidente dá mais uma prova de sua parcialidade ao pedir a prisão preventiva de Lula. Cássio Conserino, que não é o promotor natural deste caso, possui documentos que provam que o ex-presidente Lula não é proprietário nem de triplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e tampouco cometeu qualquer ilegalidade. Mesmo assim, solicita medida cautelar contra o ex-presidente em mais uma triste tentativa de usar seu cargo para fins políticos.
Assessoria de imprensa do Instituto Lula
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