A liderança do PCdoB na Câmara protocolou na quarta-feira (21) uma representação na Procuradoria Parlamentar contra Mozart Vianna de Paiva, o secretário-geral da Mesa da Casa. Na terça-feira, ele e a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) protagonizaram episódio considerado inédito. Ela considera ter sofrido “agressão” durante pronunciamento na tribuna do plenário. Diz ter sido interrompida durante a fala, em sessão solene em homenagem aos 90 anos da Coluna Prestes, e impedida de concluir seu pronunciamento. Mozart, que é quase uma unanimidade no Congresso, nega a acusação. “Cumpri o regimento. Nunca ofendi ninguém aqui nessa Casa”, disse ele à reportagem.
A sessão solene, iniciada com atraso, foi encerrada para abertura da sessão ordinária. Na ocasião, a deputada protestou então, em tom de voz elevado, dizendo que o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que conduzia a sessão, tinha sido mal educado com os familiares de Prestes e com os presentes à sessão. Nesse momento, Mozart Vianna interveio. E o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) saiu em defesa de Alice Portugal, exigindo respeito à colega. Vianna acabou deixando sua posição na Mesa e foi até o petista.
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“O secretário-geral da Mesa se achou na superioridade regimental de me interpelar com gestos intempestivos, violentos, e que, duas vezes, levou à segurança da Casa a contê-lo. Recebemos um pedido de desculpas leve do presidente da Casa [deputado Henrique Alves (PMDB-RN)]”, disse Alice Portugal. Na representação, a liderança exige providências que punam as “ações arbitrárias”, o que varia de uma retratação formal até a exoneração.
Mozart nega qualquer desrespeito. “Não fiz nada de errado. Cumpri o regimento. E só oriento a presidência da Câmara. Não tive a intenção de ofender ninguém. Nunca ofendi ninguém aqui nessa Casa”, disse ele ao Congresso em Foco, por telefone.
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