O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa pode deixar a cadeia ainda esta semana, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo fontes no Judiciário ouvidas pelo Estado, a liberdade faz parte do acordo firmado entre Costa e o Ministério Público Federal no Paraná que resultou na implicação de dezenas de políticos de partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff como supostos beneficiários de um esquema de propina na Petrobras.
Pelo acordo – relata o jornal – o ex diretor também abre mão do dinheiro ilícito que mandou para o exterior. Pelo menos US$ 23 milhões estão bloqueados na Suíça em cinco contas atribuídas a Costa – parte desse valor sob suspeita de ser fruto de propina. A decisão de liberar Costa da prisão preventiva nos próximos dias deverá ser tomada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que também atua no caso desde que surgiram nomes de políticos que ocupam cargos eletivos e, portanto, têm direito a foro privilegiado. A delação de Costa levou o tema corrupção na Petrobras para o centro da campanha presidencial deste ano.
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Já o jornal Folha de S. Paulo que um dos economistas mais influentes da equipe que assessora a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, propôs na semana passada o aumento da meta oficial de inflação fixada para o próximo ano, para acomodar reajustes de preços no início do novo governo se Marina for eleita.
A Folha diz que a ideia foi lançada pelo economista Alexandre Rands e não faz parte da plataforma da candidata, mas deverá ser discutida internamente nos próximos dias. Ela foi apresentada em público pela primeira vez em evento organizado pelo Bank of America/Merrill Lynch na segunda-feira (8), em São Paulo, que reuniu 500 investidores e executivos do mercado financeiro. A meta de inflação é o alvo fixado pelo governo para dar à sociedade uma ideia do que esperar do comportamento dos preços. Essa referência perdeu credibilidade na gestão de Dilma Rousseff (PT), porque a inflação ficou sempre muito acima da meta anunciada, de 4,5% ao ano.
O travamento das operações na Petrobras é o destaque deste domingo (14) do jornal carioca O Globo. As denúncias de corrupção nos contratos da Petrobras estão afetando o dia a dia dos negócios. Segundos fontes de O Globo ligadas à empresa, aumento a burocracia na tomada de decisões e há mais lentidão para liberar os recursos. Fornecedores reclamam de atrasos nos pagamentos, que ocorrer sob pretexto de maior rigor na avaliação de contratos. Mas, para analistas, o preço defasado da gasolina afeta o caixa da estatal. A Petrobras nega que esteja atrasando compromissos. Segundo funcionários, o clima na estatal é de desconfiança generalizada, com e-mails monitorados e novos processos de checagem.
Os três jornais também destacam que o perfil de Paulo Roberto Costa foi alterado na tarde deste sábado através de uma rede da própria Petrobras. As modificações afirmam que Paulo Roberto é uma cria do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso e que foi demitido porque estava “muito soltinho”. As alterações destacam que a demissão ocorreu após a posse da atual presidente da estatal Graça Foster ter assumido e com aprovação da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). A publicação ocorreu às 16h16 e foi retirada do ar seis minutos depois.
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