Após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), perder o apoio do PSDB, o peemedebista recebeu uma demonstração em plenário que ainda não está sozinho. Em sessão desta quarta-feira (11), o líder do PSC, André Moura (SE), leu um manifesto assinado por líderes de 12 partidos em defesa do deputado fluminense, alvo de denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), por suposto envolvimento nos esquemas de corrupção que sangraram a Petrobras.
Dos partidos que participam (PR, PMDB, PSC, PP, PSD, PRP, PTB, PTdoB, PEN, PHS, PTN e SD), apenas o Solidariedade não é da base governista. Ao todo, eles representam uma bancada de 230 deputados, quase a metade da Casa.
“Ratificamos total apoio e confiança em sua condução na Presidência da Câmara. Eventuais disputas políticas não podem prevalecer para paralisar o funcionamento da Casa num momento em que se espera a votação de projetos importantes”, disse Moura, dirigindo-se a Cunha.
No entanto, apesar de Moura ter dito que o manifesto fala por todos os pró-Cunha, parlamentares do partido recusaram o título. À exemplo da discordância, Sylvio Costa (PSC-PE) disse em tribuna que o documento não o representava.
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Além dele, é de conhecimento que deputados peemedebistas não são unânimes quando o assunto é apoio a Cunha. Como é o caso de Jarbas Vasconcelos (PE), que já chegou a chamar Cunha de “psicopata“.
Além de investigado pela Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal, Cunha responde a processo por suposta quebra de decoro no Conselho de Ética, em que é acusado de mentir aos parlamentares quando disse, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que não tem contas no exterior.
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