Donald Trump, o novo xerife do mundo, deve ter se inspirado nas ações do senador Renan Calheiros para desovar seu estoque de mísseis Tomahawk contra os poucos alvos restantes na Síria.
Os Tomahawks são mísseis de longo alcance, mas com pouco poder de destruição comparado aos outros artefatos de guerra. Tanto isto é real que os danos causados à base aérea, escolhida a dedo, foram poucos e, no dia seguinte, aviões que sobraram puderam decolar sem problemas.
Os avisos feitos por Trump, aos seus aliados ou não, serviram mais para demonstrar que os Estados Unidos, sob nova direção, deixarão de lado os caminhos de paz percorridos por Obama e voltarão a ser a polícia do mundo, o que é desde a II Guerra Mundial.
Renan, sobrevivente na política, ao oposto de Trump que está no início da sua carreira, decidiu enfrentar o próprio partido e o governo para sobreviver ou proteger o seu filho governador que passa por apuros para se reeleger.
O líder do PMDB se destacou na política junto com o caçador de marajás que nos deixou triste lembrança. Com a bandeira das esquerdas, seguiu o caminho de grandes alagoanos como Floriano Peixoto, Teotônio Vilela com seus filhos e netos, Guilherme Palmeira, com seu filho Rui e tantos outros que abrilhantaram e orgulham os alagoanos.
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No meio do caminho, foi ministro da Justiça e presidente do Senado, renunciou após breve deslize conjugal, e, daí para em diante, perdeu o rumo e hoje responde a processos no Supremo Tribunal Federal, protegido, ainda, pelo foro privilegiado.
O líder do partido titular da direção do país, imprudentemente, entrou no seu velho paiol e saiu municiado, apontando para Temer os ultrapassados argumentos que já usou várias vezes para se manter no círculo do poder.
Os mísseis de Renan não são os disparados por Trump; na verdade, estão mais para a ferramenta usada pelos “ameríndios alonguinos conhecido como “Tomahawk”, que é um tipo de machado de pequena dimensão. Era uma ferramenta de uso geral e não somente uma arma.
Os tamahaac foram originalmente ferramentas usadas pelos nativos americanos e pelos colonos europeus, e muitas vezes eram usados como armas de luta corpo-a-corpo ou de arremesso. No princípio teriam lâmina de pedra, mas foram depois substituídas por lâminas de ferro ou bronze. As lâminas metálicas dos tomahawks basearam-se originalmente nos machados da Royal Navy, que eram usados como objeto de intercâmbio com os nativos americanos por comida”. (Google).
Os tomahaws tupiniquins de Renan são usados não para impedir avanços da reforma urgente e necessária, mas para intimidar outras lideranças assustadas com as delações que poderão atingi-los e, quem sabe, reforçadas por informações do próprio Renan que, acuado, não irá só para o cadafalso.
O assédio do pós-político, tantas vezes resgatado do marasmo, costeia o ridículo do ator desmascarado em suas investidas desrespeitosas, não tendo nada a ver com os cidadãos da sua geração. As denúncias poderão afastá-lo definitivamente da vida pública como tem ocorrido com tantos personagens que dominaram a vida dos cidadãos brasileiros a quem restará repudiar as ações do líder de si próprio. Nesses tempos de delação, vale lembrar: “Mexeu com um corrupto, mexeu com todos”.
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