“Há nomes que até aqui ainda não haviam sido revelados, como o governador do Acre, Tião Viana (PT), reeleito em 2014, além dos deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS). Entre os congressistas, ao todo foram mencionados sete senadores e onze deputados federais”, diz trecho da reportagem.
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Segundo o Estadão, são 8 políticos do PMDB, 10 do PP, 8 do PT, 1 do PSB e 1 do PSDB que compunham o “consórcio partidário” que operava desvios em contratos bilionários sob responsabilidade do departamento comandado por Costa. Repasses que teriam sido empregados em campanhas eleitorais de membros dessas legendas chegavam a superar R$ 1 milhão, frequente ou ocasionalmente – neste segundo caso, por exemplo, está o caso do ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2013, que teria pedido R$ 10 milhões para sabotar uma CPI da Petrobras em 2009, quando era senador.
Costa apenas apontou nomes, sem revelar valores ou dar mais detalhes, continua o jornal. “Foram citados os ex-governadores do Rio Sérgio Cabral (PMDB), do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – que morreu em um acidente aéreo em 13 de agosto, durante campanha presidencial”, registra a reportagem, acrescentando os nomes do primeiro escalão do governo. “A lista inclui também o ex-ministro Antonio Palocci (PT), que ocupou a Esplanada nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma; os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o atual ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e ex-ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário Negromonte (Cidades).”
Todos esses nomes, informa o Estadão, foram beneficiados por negociatas operadas apenas pela diretoria de Abastecimento capitaneada por Paulo Roberto Costa. Por isso, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República já investigam o envolvimento de autoridades no âmbito de pelo menos outras duas diretorias: de Serviços, chefiada por Renato Duque, e da área Internacional, comandada por Nestor Cerveró. Ambos foram alvos de pedido de indiciamento no relatório final da CPI mista da Petrobras aprovado ontem (quinta, 18). Nenhum político está na lista de indiciamentos, como a oposição queria em relatório paralelo.
“Alguns nomes dessa lista também aparecem na relação fornecida pelo doleiro Alberto Youssef, que firmou acordo semelhante – ainda não homologado pelo ministro Teori Zavascki, do STF. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar os envolvidos no esquema de desvios da estatal em fevereiro, quando tem início a nova legislatura. A delação do ex-diretor da Petrobrás, já homologada pelo Supremo, estava com Janot desde novembro. Ele aguarda o teor do depoimento de Youssef para cruzar os nomes citados, o que deverá ser realizado até o início da próxima legislatura”, diz outro trecho da reportagem.
PublicidadeConfira a íntegra:
Ex-diretor citou em delação 28 políticos beneficiários de esquema na Petrobras
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