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O PSDB na Câmara anunciou que vai apresentar requerimento para que o ex-secretário seja ouvido pela Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado. No Senado, os tucanos se movimentam para chamá-lo à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), e o deputado Alexandre Leite (SP) apresentaram hoje (9/12) requerimentos de convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
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“As denúncias apresentadas por Tuma Júnior, se confirmadas, têm um caráter explosivo que pode superar até o mensalão. O uso do aparelho do estado para perseguir e investigar ilegalmente adversário políticos é uma prática inescrupulosa típica de ditaduras. Não podemos admitir isso e pretendemos trazer Tuma até a Câmara para ouvir todo o seu relato”, defendeu Rubens Bueno.
“O ex-secretário Tuma Júnior, que fez parte do alto escalão do governo Lula por três anos, confirmou tudo aquilo que sempre denunciamos: a fábrica de dossiês petista, o até hoje obscuro assassinato político do prefeito Celso Daniel e a existência de uma conta no exterior para onde foram enviados os recursos do Mensalão, entre outras afirmações graves ”, disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP).
Processo
PublicidadeEm nota divulgada ontem (8), o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, informou que vai processar o ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula por calúnia. “Repudio as acusações absolutamente falsas do senhor Romeu Tuma Júnior. Vou processá-lo imediatamente, para que ele responda na Justiça pelas calúnias que fez contra mim”, anunciou.
Em entrevista à revista Veja, Tuma Júnior disse ter ouvido de Gilberto Carvalho que o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) estava associado a um esquema de corrupção na prefeitura que abastecia campanhas do partido. O ex-secretário sustenta, ainda, que encontrou uma conta nas Ilhas Cayman que teria recebido dinheiro do mensalão.
Filho do ex-senador Romeu Tuma, Tuma Júnior foi secretário nacional de Justiça entre 2007 e 2010. Deixou o governo Lula após a revelação de gravações telefônicas da Polícia Federal que apontavam ligações entre ele e o chinês Li Kwok Kwen, apontado como um dos chefes da máfia chinesa, preso acusado de contrabando. Segundo Tuma Júnior, foi a “descoberta do dossiê”, e não a denúncia de que tinha vínculos com o contrabandista, o motivo de sua saída do governo.
Delegado de polícia aposentado, ele disse ainda que o ex-presidente Lula foi “informante da ditadura”. “Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir na sala do meu pai. Presenciei tudo”, diz o delegado.
No livro, o ex-secretário diz, ainda, que o Ministério da Justiça, na gestão do hoje governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), produziu dossiê contra adversários políticos, como o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
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