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Palocci também é alvo de outro inquérito na Justiça, o que apura a denúncia feita pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de que o petista recebeu R$ 2 milhões também para a campanha de Dilma em 2010. De acordo com a reportagem de Época, os investigadores suspeitam que as consultorias tenham sido usadas de “fachada”, devido ao conflito de versões entre o ex-ministro e as empresas. O Pão de Açúcar e a Friboi negam ter utilizado serviços da Projeto.
Dirceu
Eliziane é autora de requerimento de convocação de Palocci e do ex-ministro José Dirceu, outro citado por delatores da Lava Jato cujos trabalhos como consultor também são objeto de investigação. A parlamentar disse que vai cobrar da CPI que vote os pedidos na próxima semana.
“A engenharia usada por estes ex-ministros é muito parecida: montam-se consultorias para fechar contratos com grandes empresas, o pagamento é feito pelos empresários e o produto que se entrega são benesses do governo, como licitações milionárias, parcerias em obras federais e empréstimos oficiais”, afirma a deputada. Para Eliziane, os ex-ministros se valem da posição de comando que exerceram no governo e ainda têm dentro do PT. “Isso não seria intermediado se estes consultores não tivessem trânsito livre no Palácio do Planalto”, avalia.
Os procuradores suspeitam que Dirceu forjou contratos de consultoria para receber dinheiro das empreiteiras denunciadas. Entre 2006 e 2013, o petista recebeu R$ 29 milhões como consultor. Só em R$ 2010, foram R$ 7,2 milhões. De acordo com Época, os procuradores veem semelhanças nas suspeitas que recaem sobre Dirceu e Palocci.
PublicidadeDefesa
Em nota à revista Época, Palocci disse que não poderia detalhar sua relação com as empresas contratadas por questão de confidencialidade e destacou que seus negócios “não têm nem nunca tiveram” qualquer relação com a campanha de Dilma em 2010.
As investigações sobre as consultorias de Palocci começaram em 2011, quando o jornal Folha de S.Paulo revelou que o então ministro da Casa Civil havia comprado um apartamento avaliado em R$ 6,6 milhões. Palocci alegou que seus rendimentos vinham de serviços prestados por sua empresa, mas que não poderia revelar o nome de seus clientes, alegando sigilo.
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