Membros da oposição ao governo federal na Câmara defenderam nesta terça-feira (25) uma acareação entre o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o policial militar João Dias Ferreira. Delator de um suposto esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, Ferreira deve participar amanhã de uma audiência pública para falar sobre as denúncias. O afastamento do ministro também foi sugerido.
“Nós defendemos uma acareação com seus denunciantes, senhor ministro”, disparou o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA). Para ele, a presença de Orlando Silva na Câmara antes do delator é “uma afronta ao cidadão brasileiro”. “O Brasil quer o ministro anos luz distante da Lei Geral da Copa”, disse. O titular do Esporte participa, neste momento, de uma audiência pública para debater o projeto da Lei Geral da Copa.
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Hoje, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia abriu prazo de dez dias para o Tribunal de Contas da União (TCU) e para a Controladoria-Geral da União) enviarem todos os convênios da pasta. “Ele não deveria estar sentado nesta cadeira como ministro do Esporte. Ele deveria dar o direito ao contraditório e deixar o ministério enquanto as investigações ocorrem”, defendeu o líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP).
De acordo com a revista Veja, o ministro do Esporte é beneficiário de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. O policial militar autor da denúncia, presidente da Federação Brasiliense de Kung Fu e de uma organização não-governamental (ONG) participante do programa, disse que Silva recebeu dinheiro desviado do Segundo Tempo na garagem do ministério.
Durante sua intervenção inicial, Silva não tratou das denúncias. Somente explicou o projeto da Lei Geral da Copa. Segundo ele, a proposta é a consolidação das garantias governamentais para a realização da Copa do Mundo de 2014. “Por ter peculariedades, as leis que têm aplicação nos campeonatos brasileiros não têm no evento da Fifa. Tem temas que consideramos inadequados para a organização de um evento como a Copa do Mundo”, disse, justificando a suspensão do Estatuto do Torcedor durante o evento.
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