Mesmo reconhecendo que são mínimas as chances de aprovação da emenda constitucional que antecipa as eleições para a Presidência da República para este ano, partidos de oposição e centrais sindicais lançaram nesta quarta-feira (7), na Câmara, a campanha pelas eleições diretas na esteira da mais grave crise da gestão Temer. PT, PSB, PTB, PDT, PCdoB, PSol e Rede Solidariedade dizem acreditar que somente o voto popular pode superar a atual crise política enfrentada pelo governo, que pode ser interrompido em razão do julgamento da chapa Dilma/Temer no tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder econômico.
“Só a eleição direta pode reconciliar o povo brasileiro”, disse o coordenador de frente pró-diretas, senador João Capiberibe (PSB-AP). O movimento conta com o apoio isolado de parlamentares ditos independentes do PMDB, como o senador Roberto Requião (PR). A coordenação nacional do movimento pretende criar comitês em todas as capitais e grandes cidades para organizar manifestações populares pró-eleição direta.
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“É hora de ouvir o povo brasileiro”, discursou o presidente do PDT, Carlos Lupi. O movimento também conta com o poio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), central ligada ao PT, e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Com a remota possibilidade de antecipar as eleições, o movimento pelas eleições diretas será aproveitado como pré-campanha eleitoral para o pleito de outubro de 2018. A emenda constitucional chegou a ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e precisa ser aprovada em votação em dois turnos pelos plenários do Senado e da Câmara. Os partidos de oposição não contabilizam votos para aprovar mudança.
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