Leonel Rocha
Os líderes dos principais partidos de oposição – PSDB, PPS e DEM – estão sem pressa para votar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, cujo andamento foi autorizado ontem (quarta, 2) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Vamos deixar, agora, que a população se manifeste”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). A bancada de oposição sabe que sem as manifestações de rua a favor da saída da preside a aprovação do impeachment fica mais difícil.
A oposição também espera que a piora na situação econômica – com aumento do índice de desemprego e a queda no consumo e nas exportações – ajude na mobilização popular pela saída de Dilma Rousseff. Os deputados de oposição querem dividir a responsabilidade pelo impeachment com a população.
Para isto, precisa que os movimentos populares pela saída da presidente consigam organizar manifestações ao longo do final do ano, e até depois do Carnaval, para depois apreciarem o pedido de impeachment. “Se tiver mobilização popular pelo impeachment a situação muda. Mas hoje o clima aqui na Câmara é pela rejeição ao pedido de impeachment”, declarou ao Congresso em Foco o líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
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