Terminou neste instante o depoimento de Antonio Palocci, ministro da Fazenda, na CPI dos Bingos. O ministro foi muito elogiado pelos parlamentares que participaram da reunião, mas alguns senadores da oposição se mostraram insatisfeitos com as declarações do ministro. Palocci compareceu como convidado para esclarecer denúncias de corrupção ocorridas na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), quando o ministro era prefeito.
Na avaliação de senadores do PSDB, Palocci evitou perguntas e não conseguiu esclarecer todas as questões. “Ele usa o desmentido como sendo sentença judicial de absolvição”, afirmou Alvaro Dias (PR). “Ele está respondendo irresponsavelmente questões sérias. Nós pensamos que ele se daria melhor”, acrescentou.
Do outro lado, o senador Tião Viana (PT-AC), vice-líder do governo, elogiou o fato de o ministro não se recusar a responder nenhuma pergunta feita pelos senadores. “Foi um excelente desempenho, demonstrou autoridade moral e foi absolutamente claro”, afirmou.
Frieza e condescendência
Viana defendeu que Palocci espere a conclusão das investigações para processar o advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro na Prefeitura e autor das denúncias contra a gestão. “O Álvaro Dias já teve sua honra atacada durante a votação da reforma da previdência e não processou quem o atacou”, observou o petista.
Leia também
Mas a recusa do ministro em processar Buratti enquanto durarem as investigações do Ministério Público e da comissão gerou críticas dos oposicionistas. Palocci disse aos senadores que se processar Buratti agora, estará usando o cargo para pressionar o julgamento e o processo de investigações. Portanto, decidiu esperar as investigações para então decidir se ingressará na justiça contra o ex-assessor.
“Ele demonstra insensibilidade, frieza e condescendência com o que está ruim ao seu redor”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “O ministro não precisa que o processo seja concluído para processá-lo”, disse o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM).
Deixe um comentário