A testemunha relatou ter recebido R$ 50 mil em espécie como pagamento da primeira parcela da compra, negociada pelo ex-executivo da empresa, Paulo Gordilho. O valor total das aquisições para o sítio foi de R$ 180 mil, dos quais R$ 130 foram gastos apenas com eletrodomésticos e móveis para a cozinha.
“Em relação aos móveis da cozinha e área de serviço do sítio, além do pagamento do sinal em pecúnia (de R$ 50 mil), que presenciou, obteve, ao levantar informações documentais para entregar ao MPF (Ministério Público Federal), que as demais parcelas também foram quitadas mediante pagamento em espécie, na loja”, diz o documento da investigação.
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Apesar de ter pago pelos produtos, a OAS solicitou que o nome de Fernando Bittar – um dos proprietários do sítio – aparecesse como comprador nos registros de venda. “Gordilho, no momento de aquisição dos armários do sítio, indicou os dados de Bittar para que constasse na nota fiscal”, relata a investigação. A observação fez com que os funcionários da empresa suporem que Bittar era um funcionário da OAS. “Para a empresa Kitchens, o tal Fernando Bittar seria um diretor da OAS, uma vez que o projeto inicial e o orçamento foram solicitados pela OAS, além da intermediação e pagamento”, aponta um trecho do documento.
O sítio em Atibaia passou a ser investigado no âmbito da Operação Lava Jato por suspeita de que as benfeitorias foram usadas como propina para conseguir fechar contratos entre a empreiteira e o governo. O terreno pertence aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente. Porém, há a suspeita de que Lula seja o real proprietário do sítio.
Leia a reportagem completa em O Estado de S. Paulo
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