A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregará pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) à Câmara dos Deputados na próxima quinta-feira (25). A previsão é que o pedido seja protocolado na parte da tarde e que, além do presidente da Ordem, Claudio Lamachia, também compareçam os conselheiros federais e os presidentes das seccionais da OAB.
Claudio Lamachia afirmou que Temer “jamais deveria ter recebido” o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, no Palácio do Jaburu. “Se o presidente da República sabia que estava diante de um interlocutor que é um fanfarrão e um delinquente ele não deveria ter recebido [o empresário]”, disse Lamachia em entrevista coletiva, em Brasília, na tarde de ontem (segunda-feira, 22).
De acordo com a comissão especial que analisou previamente o caso, Temer falhou ao não informar às autoridades competentes a admissão de crime pelo empresário Joesley Batista e faltou com o decoro exigido do cargo ao se encontrar com o empresário sem registro da agenda e ao ter prometido agir em favor de interesses particulares.
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No último sábado (20), depois de mais de sete horas de reunião, o Conselho Federal da Ordem, que reúne representantes dos 26 estados da federação e do Distrito Federal, decidiu por 25 votos a 1 aprovar o relatório que recomenda que a entidade ingresse com o pedido de impeachment. O Acre, ausente, não votou. A representação do Amapá foi a única a votar contra o pedido.
Este é o terceiro pedido de afastamento de presidentes da República na história da Ordem. O primeiro, em conjunto com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ocorreu em 1992 em relação a Fernando Collor. O mais recente, no ano passado, envolveu a então presidente, Dilma Rousseff.
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