“O Brasil acordou mais forte hoje”, afirma Dilma sobre manifestações
“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia, a forca da voz da rua e o civismo da nossa população – aplausos
É bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pai, o avô, juntos com a bandeira do Brasil cantando o hino nacional dizendo com orgulho ‘eu sou brasileiro e defendendo um país melhor.
O Brasil tem orgulho deles, devemos louvar o caráter pacifico dos atos de ontem. O caráter pacífico dos atos públicos de ontem evidenciou também o correto tratamento dado pela segurança pública à livre manifestação popular. Conviveram pacificamente. Infelizmente porem, é verdade, aconteceram atos minoritários e isolados contra pessoas, contra o patrimônio publico e privado, o que devemos condenar e coibir com vigor.
Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência (aplausos). Não podemos aceitar jamais conviver com ela. Isso, no entanto, não ofusca o espírito pacífico das pessoas que ontem foram às ruas democraticamente pedir pelos seus direitos.
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Essas vozes das ruas precisam ser ouvidas. Elas ultrapassam, e ficou visível isso, os mecanismos tradicionais das instituições, dos partidos políticos, das entidades de classe e da própria mídia.
PublicidadeOs que foram ontem às ruas deram uma mensagem direta ao conjunto da sociedade, sobretudo aos governantes de todas as instâncias. Essa mensagem direta das ruas é por mais cidadania, por melhores escolas, melhores hospitais, postos de saúde, pelo direito à participação. Essa mensagem direta das ruas mostra a exigência de transporte público de qualidade e a preço justo. Essa mensagem direta das ruas é pelo direito de influir nas decisão de todos os governos, do Legislativo e do Judiciário. Essa mensagem direta das ruas é de repudio a corrupção e ao uso indevido do dinheiro público – aplausos
Essa mensagem direta das ruas comprova o valor intrínseco da democracia, da participação dos cidadãos em busca dos seus direitos. E eu vou dizer aos senhores: a minha geração sabe quanto isso nos custou.
Eu vi ontem um cartaz muito interessante que dizia: ‘desculpe o transtorno, estamos mudando o país’. Eu quero dizer que o meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança. Meu governo está empenhado e comprometido com a transformação social.
A começar pela elevação de 40 milhões à classe média. O meu governo, que quer ampliar o acesso à educação e à saúde, compreende que as exigências da população mudam. Mudam quando nós mudamos também o Brasil. Porque incluímos, porque elevamos a renda, porque ampliamos o acesso ao emprego, porque demos acesso a mais pessoas a educação, surgiram cidadãos que querem mais e que têm direito a mais.
Sim, todos nós estamos diante de enormes desafios. Quem foi ontem às ruas quer mais, as vozes das ruas querem mais. Mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transporte, mais oportunidades. Eu quero aqui garantir a vocês que meu governo também quer mais e que nós vamos conseguir mais para o nosso país e nosso povo.”
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