A grave crise de segurança pública no Espírito Santo completa uma semana nesta quinta-feira (10) e segue sem previsão de término. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, foram registrados 121 homicídios no estado desde sábado (4) até a manhã de hoje, a maior parte na região metropolitana de Vitória.
O governo não conseguiu firmar um acordo com a Polícia Militar e o patrulhamento na região segue sendo feito apenas pelas Forças Armadas. Segundo o secretário de segurança do estado, André Garcia, 703 PMs foram indiciados pelo crime militar de revolta, que prevê de 8 a 20 anos de prisão.
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Nas manifestações os militares reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno para os policiais militares. As manifestações se estenderam para outros batalhões durante o fim de semana e, de acordo com a ACS, já atingem todos os batalhões do estado.
Com medo, a população se recolhe em suas casas e sai delas apenas para necessidades básicas, como comprar alimento e ir a hospitais. Em uma das principais avenidas de Vitória, chamada Dante Michelini, a cena é chocante. Mesmo à beira-mar e considerada local nobre da capital capixaba, a avenida está às moscas.
Outra consequência da falta de patrulhamento dos policiais nas ruas é a suspensão da vacinação da febre amarela nas unidades de saúde na Grande Vitória. O estado é um dos que têm registrado casos da doença. Com 114 notificações de suspeitas da doença, o Espírito Santo tem 20 casos confirmados de febre amarela e continua investigando 89. Seis pessoas morreram pela doença nos municípios de Ibatiba, Irupi, Itarana e Pancas.
Os ônibus não voltaram a circular hoje na Grande Vitória. Eles chegaram a circular na manhã de ontem, mas pararam após a morte do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari, Wallace Barão. Ele foi encontrado morto a tiros dentro de um carro na manhã dessa quinta-feira, em Vila Velha.
PublicidadeEscolas, unidades de saúde, agências bancárias, repartições públicas e a maior parte das lojas estão fechadas desde segunda-feira na grande Vitória.
Com informações da Agência Brasil
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