A mudança na regra do fator previdenciário teve um total de 232 votos a favor, 210 contra e 2 abstenções e representou a primeira grande derrota do governo nas votações sobre o ajuste fiscal. Além de Zarattini, votaram contra o governo os petistas Ana Perugini (SP), Erika Kokay (DF), Marco Maia (RS), Marcon (RS), Pedro Uczai (SC), Valmir Prascidelli (SP), Vicentinho (SP), Weliton Prado (MG). Os líderes do PT sugeriram retirar o texto da pauta para que fosse apresentada uma proposta alternativa ao projeto do PTB em um prazo de 180 dias.
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A alteração aprovada pela Câmara permite que a mulher se aposente de forma integral quando a sua idade e tempo de contribuição somados cheguem a 85 anos. No caso dos homens, a soma entre idade e tempo de contribuição deve ser de 95 anos. Com essa regra, a aposentadoria seria integral em relação ao salário-de-contribuição.
Além disso, a proposta também teve o apoio de outros partidos da base aliada como o PDT e PCdoB. AS duas bancadas, por exemplo, votaram de forma unânime contra o governo. Foram 30 votos contrários ao governo.
O vice-líder do governo Sílvio Costa (PSC-PE) criticou a posição das bancadas de dois partidos da base aliada, PDT e PCdoB, a favor da emenda que criou alternativa ao fator previdenciário. Ele qualificou como “hermafrodita” a posição dos partidos por votarem contra o governo, mesmo sendo da base.
“Em uma sala de aula, quando o professor não pune o aluno mal comportado, ele perde o controle da sala. É inadmissível o comportamento do PDT e do PCdoB, que acabaram de derrotar o governo”, disse Silvio Costa.
PublicidadeO deputado Weverton Rocha (PDT-MA) disse que o partido foi coerente com o que havia anunciado em Plenário de que votaria contra o governo no tema. “Se não quiserem a gente no governo, que fiquem bastante à vontade”, afirmou.
A líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), exigiu respeito de Costa. “Temos sustentado o projeto político do governo. Não temos nenhuma falha com o governo. Nessa questão específica, temos uma relação enorme contra o fator previdenciário.”
Com informações da Agência Câmara
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