Folha de S. Paulo
Dilma continua em queda, e cresce indefinição do eleitor
Pesquisa Datafolha concluída nesta quinta-feira (5) confirma a lenta tendência de queda de intenções de voto pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. Em relação a maio, data do levantamento anterior, ela variou de 37% para 34%. Desde fevereiro, já caiu dez pontos percentuais.
Os principais adversários da petista, porém, não estão conseguindo tirar proveito disso. Juntos, eles somavam 38% na pesquisa anterior. Agora, recuaram para 35%.
Em relação a maio, os dois principais rivais de Dilma variaram negativamente. O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência, oscilou um ponto para baixo. Agora está com 19%.
Movimento mais brusco ocorreu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que recuou quatro pontos. Com 7%, ele aparece em situação de empate técnico com o Pastor Everaldo Pereira (PSC), 4%.
A nova rodada do Datafolha mostra que o que cresceu de forma notável entre maio e agora foi o total de eleitores que não sabem em quem votar, de 8% para 13%. Além disso, outros 17% afirmam que pretendem votar nulo, em branco ou em nenhum dos candidatos apresentados.
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PublicidadeCombinados, esses números podem ser um sinal de forte desalento em relação à disputa. Na comparação com os mesmos períodos de eleições anteriores, a atual taxa de eleitores sem candidato (30%) é recorde desde 1989.
Pessimismo com economia bate recorde
O pessimismo com o futuro da economia disparou e bateu recorde, mostra a mais nova pesquisa Datafolha. Segundo o levantamento, 36% dos brasileiros acham que a situação vai piorar nos próximos meses –taxa oito pontos maior que a da pesquisa anterior, do início de maio.
É a primeira vez que o grupo dos pessimistas supera o dos que acham que tudo fica como está –opinião compartilhada hoje por 32%.
O Datafolha entrevistou 4.337 pessoas entre terça (3) e quinta (5) em 207 municípios. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.
Joaquim Barbosa é o segundo voto mais influente da eleição
Se quiser, o atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, poderá ter papel de grande peso nas eleições deste ano. Mesmo sem ser candidato.
O levantamento do Datafolha finalizado nesta quinta-feira (5) mostra que o magistrado seria a segunda personalidade mais influente da eleição, atrás apenas do ex-presidente Lula.
Estimulados pelo instituto, 26% dos eleitores afirmam que “com certeza” votariam num candidato indicado por Barbosa. Além disso, outros 26% dizem que “talvez” pudessem votar em alguém apoiado por ele.
Ainda que pesquisas desse tipo não tenham sido feitas em outras eleições, não parece arriscado dizer que se trata de uma situação inédita no Brasil.
PSB deve dar hoje aval a aliança com Alckmin
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, sinalizou para a ex-senadora Marina Silva, vice na sua chapa à sucessão no Palácio do Planalto, que não vai intervir no diretório estadual do partido para impedir uma aliança para a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Nesta sexta-feira (6), o diretório do PSB em São Paulo irá propor a coligação com o tucano e apresentará, em deferência a Marina, um documento com exigências programáticas para serem incorporadas a um futuro programa de governo do PSDB.
Temer defende governo e minimiza rachas no PMDB
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) minimizou, nesta quinta-feira (7), as atuais dissidências locais em seu partido e disse não acreditar em rompimento da aliança nacional com a presidente Dilma Rousseff e o PT.
“Não creio [em rompimento]. Eu vou esperar, naturalmente, a convenção”, disse, após palestra em São Paulo a empresários do setor imobiliário, na qual defendeu as políticas econômicas do governo. A convenção do PMDB está marcada para terça-feira (10).
Presidente defende consulta aos conselhos
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (5) seu decreto que obriga a realização de consultas públicas no governo. Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ela disse ser “a favor da consulta” e de ouvir “todos os segmentos”, porque “muitas cabeças pensam mais do que a cabeça do Executivo”.
Justiça condena revista a indenizar ministro
A Justiça do Distrito Federal condenou a Editora Confiança, responsável pela revista “CartaCapital”, e dois jornalistas a pagar indenização de R$ 180 mil, por danos morais, ao ministro Gilmar Mendes, do STF. Para o juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, houve ofensa à honra do ministro em três textos publicados em 2012 na revista, que o apontavam como beneficiário do esquema de corrupção de Marcos Valério de Souza. Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça do DF.
Governo Dilma quer estimular produção regional na mídia
O foco do projeto que o governo Dilma Rousseff poderá propor sobre regulação econômica da mídia num eventual segundo mandato não será o direito de o mesmo grupo econômico controlar TV, rádio e jornal no país, a chamada propriedade cruzada.
“Eu acho que esse não é o nosso problema”, afirmou à Folha o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), acrescentando que o necessário é discutir a produção regional e independente.
O petista foi encarregado pela presidente Dilma para liderar as discussões sobre o tema, que gera polêmica no PT. Setores do partido defendem o controle de conteúdo e até a proibição da propriedade cruzada.
O foco desses petistas é principalmente as Organizações Globo, maior grupo de comunicação do país, que têm TV, rádios e jornal.
Greve do Metrô afeta 4,5 milhões em SP e continua nesta sexta-feira
A greve dos funcionários do Metrô fez o paulistano viver uma manhã de caos nesta quinta-feira (5), a uma semana do início da Copa.
Cerca de 4,5 milhões de pessoas foram diretamente afetadas, segundo o Metrô.
Passageiros que encontraram as estações fechadas se acotovelaram para tentar entrar em ônibus lotados rumo ao trabalho. Houve fila para táxis. Mototáxis, carros e vans clandestinos atuaram.
O trânsito, agravado por paralisação dos agentes da CET, bateu o recorde do ano no período da manhã.
Governo pede, e sem-teto suspendem ato
Emissários do governo federal negociaram uma trégua com os sem-teto para analisar a pauta de reivindicações do movimento.
Segundo a Folha apurou, interlocutores de Dilma Rousseff pediram a suspensão das manifestações previstas para esta sexta-feira (6), durante amistoso da seleção brasileira na capital paulista.
Líderes do MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto) concordaram em esperar, ao menos até esta sexta, uma resposta mais concreta do governo federal.
A presidente Dilma Rousseff estuda comprar a área próxima ao estádio Itaquerão, palco da abertura da Copa, invadida por 4.000 famílias do MTST em 3 de maio.
O Estado de S. Paulo
PF apura vínclo entre ex-diretor da Petrobras e contratada da Copa
Dilma defende decreto por conselhos populares; Já Temer pede projeto de lei
Festa marca apoio da base de Pezão a Aécio no Rio
Lula diz também querer inflação de 4,5% e defende “remédio já”
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