Durante os protestos realizados no Rio de Janeiro, os manifestantes adotaram como hino a música “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, canção entoada nos protestos contra a ditadura e constantemente cantada por petistas em atos promovidos pelo partido.
Os manifestantes ocuparam um trecho de uma das pistas da Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul. Com faixas e cartazes, a multidão disputou a orla com pedestres, ciclistas e banhistas. Segundo os organizadores, cerca de 20 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que não divulgará o número total de manifestantes por não dispor de imagens aéreas do evento.
Durante o protesto, os organizadores ofereciam aos participantes camisetas com a estampa “Fora Dilma”, por R$ 30, e tinta para pintar o rosto. Houve ainda manifestantes a favor da intervenção militar e, até mesmo, contrários ao aborto. A estudante Viviane Picorelli, integrante do movimento “Deixai vir os pequeninos”, se juntou à manifestação para pedir que o aborto não seja legalizado. “O governo da Dilma, representado pela esquerda, é o que mais tem promovido o aborto no nosso país”, declarou.
O autônomo Julio Peres carregava a faixa “Intervenção constitucional já!”. Para ele, somente os militares podem repor a ordem no país. “Há uma inversão de valores e querem implantar o comunismo aqui. Com a intervenção, todos os Poderes vão cair e seis meses depois chamamos novas eleições”, defendeu.
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O editor de imagens, João Santolin, não defende o impeachment nem a intervenção. Ex-eleitor do PT, ele disse que participou do protestos para mostrar sua insatisfação com o governo. “Não concordo com tudo o que é falado aqui, mas não dá mais para continuar assim. Falta justiça neste país e neste governo”, disse.
Com informações da Agência Brasil
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