A SGR Consultoria, firma que contratou a empresa do ministro, pertence ao ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva. Ele é alvo da investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) sobre compra de decisões no órgão, que analisa recursos contra multas de sonegação de imposto.
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Nardes foi sócio da SGR até maio de 2005. Seu sobrinho, Carlos Juliano, ainda é sócio da empresa, que é investigada por atuar em prol da RBS, grupo de mídia do Rio Grande do Sul filiada a Rede Globo. O grupo negociava no Carf a redução de multas aplicadas pela Receita Federal.
Investigadores da Zelotes informaram que, em 2011, a RBS repassou R$ 11,9 milhões para a SGR, que pagou R$ 2,55 milhões à Planalto entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012. Tais pagamentos coincidem com a vitória da RBS em um processo do conselho.
De acordo com a força-tarefa, a secretária da SGR enviou emails ao dona da empresa que indicam que Nardes recebeu R$ 1,6 milhão e Carlos Juliano, R$ 900 mil. As remunerações foram concedidas em razão da ponte realizada entre a RBS e a SGR.
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