O avanço petista impressiona. No dia 31 de agosto, o Congresso em Foco fez também um levantamento das últimas pesquisas eleitorais disponíveis naquele momento. Na ocasião, o PT liderava em somente duas capitais. Estava na frente em Goiânia, com Paulo Garcia, e em Recife, onde Humberto Costa aparecia empatado com Geraldo Júlio, do PSB. Enquanto nesse período Humberto Costa despencou em Recife (agora é apenas o terceiro), outros petistas avançaram: Lúdio Cabral lidera com folga em Cuiabá; Luciano Cartaxo destacou-se numa disputa que antes era renhida entre Cícero Lucena (PSDB) e José Maranhão (PMDB) em João Pessoa; Marcus Alexandre é o líder em Rio Branco, e Nelson Pelegrino ultrapassou ACM Neto em Salvador. Em Goiânia, Paulo Garcia segue na frente.
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O quadro mostra também um recuo da oposição. No levantamento anterior, o PSDB aparecia à frente em cinco ou seis capitais: havia um empate com o PMDB em João Pessoa, e o partido liderava também em Manaus, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória. Agora, os tucanos não mais lideram em João Pessoa e também não estão mais na frente em São Paulo, onde Celso Russomanno, do PRB, ultrapassou José Serra. O principal partido oposicionista agora lidera em Maceió, Manaus, São Luís, Teresina e Vitória.
Destino mais triste as últimas pesquisas apontam no momento para o DEM. Em 31 de agosto, o partido liderava as pesquisas em Aracaju, Fortaleza e Salvador. Nas capitais do Ceará e da Bahia, os candidatos Moroni Torgan e ACM Neto até demonstravam certa tranquilidade. Pelo menos no momento das últimas pesquisas, os dois agora não estão mais na frente. Em Fortaleza, Moroni agora é somente o terceiro: foi ultrapassado por Roberto Cláudio (PSB) e por Elmano Freitas (PT). Em Salvador, o líder agora é o petista Nelson Pelegrino. O DEM agora permanece na frente apenas em Aracaju, com João Alves Filho.
Abaixo do PT e do PSDB, lideram em três capitais o PSB (Belo Horizonte, Fortaleza e Recife) e o PDT (Macapá, Natal e Porto Alegre). Em duas, lideram o PMDB (Boa Vista e Rio de Janeiro) e o PV (Palmas e Porto Velho).
PublicidadeVários partidos lideram em uma capital. O Psol está na frente em Belém, com Edmilson Rodrigues. O PP em Campo Grande, com Alcides Bernal. O PSC em Curitiba, com Ratinho Jr.. O PSD em Florianópolis, com César Souza Júnior. E o PRB em São Paulo, com Celso Russomanno.
Podem se resolver no primeiro turno
As pesquisas apontam para a possibilidade de que a eleição resolva-se ainda no primeiro turno em algumas capitais. Em Aracaju, João Alves Filho tem 51,6%. Em Boa Vista, Teresa Surita, do PMDB, tem 54%. No Rio, Eduardo Paes, do PMDB, tem 57%.
E há eleições com resultados imprevisíveis, de acordo com as pesquisas. Em Belém, o candidato do PSDB, Zenaldo Coutinho, aparece agora apenas dois pontos percentuais atrás de Edmilson Rodrigues. O tucano tem 25% e o candidato do Psol, 27%. Em Fortaleza, também apenas dois pontos percentuais separam o líder Roberto Cláudio, do PSB, do petista Elmano de Freitas. O placar é 25% contra 23%. Em Palmas, Marcelo Lélis, do PV, tem 42% e Carlos Amastha, do PP, tem 40%.
Em Porto Velho, uma das eleições mais disputadas no momento. Lindomar Garçon (PV) tem 23,3%; Marina Carvalho (PSDB) tem 19,5%; Mauro Nazif (PSB) tem 17,4%, e Mário Português (PPS) tem 14,3%.
Em Salvador, Nelson Pelegrino, do PT, passou ACM Neto, mas o candidato do DEM não está muito atrás. Pelegrino tem 34% e ACM Neto, 31%. Em São Luís, o tucano João Castelo tem 32% e Edvaldo Holanda Jr., do PTC, tem 30%.
São Paulo
Mas é em São Paulo, a principal cidade do país, que a reta final promete ser eletrizante. Celso Russomanno, depois de um momento em que parecia disparar na frente, começou agora a perder terreno para seus adversários. A pesquisa do instituto Datafolha divulgada ontem (3) o mostra tecnicamente empatado com José Serra, do PSDB. Russomanno tem 25%, e Serra tem 23%. Isso, porém, está longe de determinar que será entre os dois o segundo turno no pleito paulistano. Porque Fernando Haddad, do PT, vem logo atrás, com 19%. E não se podem desprezar nem mesmo as chances de Gabriel Chalita, do PMDB, que aparece na pesquisa com 11%.
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