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O relator explicou que o documento foi enviado após a conclusão da fase de instrução do processo e, em respeito às regras regimentais, não incorporará ao seu parecer as informações do BC. Na sequência, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), informou que o relator teria dez minutos para falar, assim como a defesa. Em seguida, finalmente terá início a votação, depois de mais de sete meses de discussões e manobras protelatórias de aliados de Cunha.
Tia Eron presente
Considerada voto decisivo neste processo, a deputada Tia Eron (PRB-BA) já registrou presença. Repórteres a cercaram na chegada, mas a parlamentar não falou à imprensa. O voto da deputada segue em segredo, uma vez que ela não assumiu publicamente nenhuma posição a respeito do assunto. Na última reunião do colegiado a parlamentar foi a única titular que não registrou presença, e sua ausência foi questionada pelos colegas. Em nota, Tia Eron disse que não deixará de cumprir seu dever.
O deputado Mandetta (DEM-MS) foi o primeiro suplente do bloco ao qual Tia Eron pertence a registar presença no colegiado. O parlamentar é assumidamente favorável à cassação de Cunha e terá direito a voto caso algum membro titular do bloco não compareça à sessão desta terça-feira.
A votação não foi realizada na semana passada porque o relator pediu um prazo para analisar o voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que sugere uma penalidade mais branda ao presidente afastado da Câmara: no lugar da cassação, suspensão por três meses. Para Bacelar, o relatório não pode ir além da denúncia original, ou seja, deve avaliar apenas se Cunha incorreu em quebra de decoro parlamentar ao dizer na CPI da Petrobras que não tinha conta no exterior.
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