Apoiadores de todas as regiões do país começaram a chegar à capital na quarta-feira (30). A concentração iniciou às 9h em frente ao Estádio Mané Garrincha. Às 17h, os manifestantes seguiram para o Congresso Nacional. De acordo com os organizadores, houve atraso na chegada de algumas caravanas porque o processo de revista feito pela Polícia Militar aos ônibus na chegada ao Distrito Federal demorou mais que o previsto.
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Reinaldo dos Santos, 54, saiu de Governador Valadares para participar da manifestação de Brasília. Ele conta que enfrentou 14 horas de viagem, mas que não se arrepende. “Não vemos como sacrifício. É o mínimo que podemos fazer pelo Lula, que trabalhou tanto pelo povo”, disse o mecânico, que levou ainda a esposa e a filha para participarem do ato.
A maioria das palavras de ordem era entoada contra o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o juiz federal Sérgio Moro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a Rede Globo. Músicas regionais de várias partes do país animaram os manifestantes – funk carioca, samba e forró foram os ritmos preferidos. A cor predominante é o vermelho. Bandeiras de movimentos sociais como CUT, CNTE, MST e MTST eram balançadas em torno de uma grande faixa com os dizeres “não vai ter golpe”.
Uma circular do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) entregue aos manifestantes afirma que a manifestação é em “defesa do emprego, dos direitos do trabalhadores, fora Cunha, em defesa da democracia e contra o impeachment”.Havia expectativa de que o ex-presidente Lula participasse do ato em Brasília, mas, ele não está bem de saúde, segundo o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Miguel. A Câmara dos Deputados dispensou os servidores devido à manifestação pró-governo.