“Desde o mês passado, o ex-ministro apresentava tosse e um pouco de fraqueza. Na semana passada, ele fez uma viagem de trabalho aos Estados Unidos e na volta apresentou um quadro de embolia, que chegou a afetar seu coração. […] O ex-ministro driblou os médicos e chamou os advogados de sua equipe envolvidos na Operação Lava Jato para despachar ontem no hospital Sírio-Libanês. Levou uma bronca da família”, diz trecho da coluna.
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Tido como um dos principais advogados criminalistas do país, Thomaz Bastos foi ministro da Justiça no primeiro mandato do governo Lula, entre 2003 e 2007. Presidiu o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 1987 e 1989 e, antes, a seccional paulista da ordem (1983-1985).
Thomaz Bastos atuou no julgamento da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal, conhecida como o caso do mensalão. Ele fez a defesa do ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado, condenado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas. Salgado foi sentenciado em 14 anos e quatro meses de prisão.
Seu primeiro júri foi em 1957, na condição de solicitador acadêmico. Desde então, participou de quase mil julgamentos, entre defesas e acusações, em diversas dessas ocasiões atuando na defesa de quem não podia custear honorários advocatícios. Como dirigente da OAB, atuou também na Assembleia Nacional Constituinte. Em 2012, defendeu Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, acusado pelo atropelamento e morte de um ciclista no Rio de Janeiro, ao dirigir em alta velocidade. Também tem em seu currículo a acusação dos assassinos do ativista ambiental Chico Mendes, morto em 1988, no Acre.
Natural de Cruzeiro, no interior paulista, o ex-ministro fundou e chefiava um dos mais respeitados escritórios de advocacia criminal do país, tendo como sócios os advogados Sônia Cochrane Ráo, Dora Cavalcanti Cordani e Luiz Fernando Pacheco. Destacam-se em sua biografia a atuação na aprovação do Estatuto do Desarmamento, em 2003, e da Emenda Constitucional n° 45, a chamada Reforma do Judiciário, em 2004.
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