O jornalismo brasileiro perdeu, nesta terça-feira (22), um dos principais nomes de sua história. O jornalista Alberto Dines morreu, aos 86 anos, em decorrência de uma pneumonia. Ele estava internado há dez dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Dines era professor universitário, pesquisador e escritor. Teve uma atuação destacada no jornalismo brasileiro, seja à frente de redações, seja no debate sobre a qualidade da produção jornalística.
Começou sua trajetória profissional como crítico de cinema em 1952 na revista A Cena Muda. Passou pelas revistas Visão e Manchete. Em 1959 assumiu a direção do segundo caderno do jornal Última Hora. No ano seguinte passou à direção do jornal Diário da Noite, dos Diários Associados, pertencente a Assis Chateaubriand.
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Em 1962 tornou-se editor-chefe do Jornal do Brasil, no qual permaneceu durante 12 anos, período em que tentou driblar a censura imposta pela ditadura militar. No JB também ajudou a consolidar o processo de reforma gráfica e editorial do jornal. Em 1974 foi para os Estados Unidos, onde foi professor-visitante na Universidade de Colúmbia. Voltou ao Brasil, em 1975, convidado por Cláudio Abramo para ser diretor da sucursal da Folha de S.Paulo no Rio de Janeiro. Em 1980, passou a colaborar com O Pasquim.
Viveu em Lisboa entre 1988 e 1995, foi secretário-editorial do Grupo Abril e um dos fundadores da revista Exame. Fundou, ainda, o Observatório da Imprensa, site e programa de TV voltado para as mais variadas e profundas discussões sobre o jornalismo. “Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito”, diz o slogan do Observatório.
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